Um quilo e meio de dinamite, pronto para detonar, foram desarmados na manhã deste sábado (10.10) por policiais da Gerência de Operações Especiais (Goe), em investigações da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), da Polícia Judiciária Civil, que evitou a morte de pessoas alvos de uma organização criminosa.
O artefato explosivo estava dentro de uma mochila e junto colocados vários cacos de vidro. O material seria usado para explodir um açougue com o dono e o funcionário dentro. O estabelecimento, na Avenida Doutor Ulisses Guimarães, próximo ao Terminal do CPA III, é o mesmo local, onde no dia 30 de setembro, por volta das 15 horas, houve uma tentativa de assalto e o proprietário reagiu e matou o ladrão.
O assaltante identificado por Valter Lopes da Silva, 40 anos, pertencia a facção criminosa, denominada Comando Vermelho de Mato Grosso (CV-MT), que atua de dentro de presídios do Estado, tendo como base da liderança a Penitenciária Central do Estado (PCE).
O criminoso morto ficou exposto na rua, agonizando enquanto vários moradores faziam imagens, que foram veiculadas na imprensa. Isso teria desgostado o CV-MT que ordenou represália a morte do membro da facção. "A ordem era matar o dono do açougue, o funcionário e explodir depois o artefato dentro do estabelecimento para que atingisse o maior número de pessoas, já que estava cheio de cacos de vidros grossos", disse o delegado da Derf, Rodrigo Azem.
Diante da informação, a Delegacia montou operação para neutralizar ação dos bandidos. Uma equipe do GOE foi de, forma preventiva, para área do açougue, enquanto policiais da Derf-VG fizeram cerco em uma casa, no bairro Jardim Maringá II, local em que foi desarmado o explosivo, apreendido um 1 quilo de maconha e conduzidas cinco pessoas à Delegacia de Roubos e Furtos.
Foram presos: Jonailson Antônio Ferreira de Oliveira, 28, Rafael Ferreira da Silva, 20, e Gilney Silva Marcondes, 21. Eles irão responder por tráfico de drogas, associação criminosa, e posse de artefato explosivo.
"Ontem à noite o alvo montou o artefato seguindo orientação do detento do presídio. O artefato ficou na casa e hoje (sábado) outra pessoa (Joanilson) iria buscar e entregar para quem iria executar o proprietário do açougue e explodir o artefato", explicou o delegado.
Participaram da operação, todas as equipes de investigadores da Derf, núcleo de inteligência, coordenados pelos delegados Daniel Lemos Valente, Rodrigo Azem Buchdid e Marcelo Miranda Muniz, em conjunto com o delegado do Goe, Guilherme de Carvalho Bertoli, e equipe de explosivista da unidade.
Com assessoria