Dois empresários do ramo agropecuário foram presos pela Polícia Judiciária Civil, na quarta-feira (07), no município de Confresa (1.160 km a Nordeste), por furto e comércio de 15 toneladas de sementes de pastagens vencidas. Os acusados E.G.V. e B. P. M. N. foram autuados em flagrante pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, furto qualificado e sonegação fiscal.
Os empresários adquiriam sementes de pastagens com a validade vencida e transferiam o produto para sacas novas, forjando uma nova etiqueta para iludir os consumidores quanto à validade do produto.
As investigações começaram na última segunda-feira (05.10), com uma denúncia anônima que chegou aos fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA), sobre um possível local usado para depósito de sacas de sementes adulteradas.
Em vistoria no depósito, na entrada da cidade, os fiscais do INDEA constaram a irregularidade e apreenderam 750 sacas guardadas no galpão, que foi lacrado. Entretanto, na madrugada de terça-feira (06.10), os suspeitos arrombaram a porta do depósito e furtaram todas as sementes.
Uma equipe de investigadores de Confresa, em levantamento de informações do furto, constatou a existência de um grupo criminoso, na qual as sementes eram trazidas do estado de Goiás sem nota fiscal e vendidas livremente na cidade e região. As sementes também eram comercializadas no estado do Pará.
Conforme o delegado de polícia, André Rigonato, por burlarem o fisco e não possuírem registro no Ministério da Agricultura, os suspeitos comercializavam sementes vencidas usando-se de duas logomarcas “Sementes Mesquita Ltda” e “MT Sementes Me”.
“No decorrer das investigações, foi preso em flagrante um lojista do ramo agropecuário da cidade, E.G.V., que estava em posse de grande quantidade de sacas de sementes da primeira marca e as comercializava sem nota fiscal, além de atuar como representante desta”, destacou André Rigonato.
O segundo acusado, B.P.M., proprietário da empresa “Sementes Mesquita Ltda”, também foi preso em flagrante. Ambos irão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, furto qualificado e sonegação fiscal. Posteriormente encaminhados à Cadeia Pública de Porto Alegre do Norte.
Outros dois envolvidos, A.S.F., conhecido como “Negão”, e F.M.O., também foram identificados e tiveram os pedidos de prisão preventiva representado pela Polícia Civil de Confresa.
(Assessoria)