A deputada ítalo-brasileira Renata Bueno, que ocupa uma das cadeiras de representação da América do Sul no Parlamento italiano, afirmou nesta quarta-feira (7) ao G1 que ouviu do governo do país europeu que a decisão de extraditar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para o Brasil está mantida.
Nesta terça, o Ministério da Justiça italiano decidiu adiar a entrega de Pizzolato às autoridades brasileiras por mais 15 dias. Inicialmente, a extradição estava marcada para esta quarta, depois que ele teve rejeitado um útlimo recurso na Corte Europeia de Direitos Humanos. A embaixada do Brasil em Roma recebeu a informação verbalmente, mas não houve explicação sobre os motivos do adiamento.
"O ministro da Justiça [da Itália] estava em trânsito para Luxemburgo. Então, hoje eu conversei com o chefe de gabinete dele que me garantiu que a extradição está mantida. O que ocorreu foi que eles pediram uma nova data [para entregar Pizzolato] mas dentro do prazo previsto para a extradição. A decisão é essa, a extradição está mantida", disse a deputada, por telefone, ao G1.
De acordo com Renata Bueno, o governo italiano pediu mais tempo para entregar Pizzolato "para tratar de burocracia, de coisas técnicas". "Mas está tudo dentro do prazo já declarado. A partir do dia 22 [de setembro], ele será entregue, e será feita a extradição. É o que a gente espera", completou a parlamentar.
Pizzolato foi condenado no julgamento do mensalão do PT a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.
Mas, usando documentos do irmão morto, fugiu para a Itália a fim de evitar a prisão – ele tem cidadania italiana. Em fevereiro do ano passado, foi preso. No último dia 22, o Conselho de Estado da Itália autorizou a extradição.
Policiais federais brasileiros estão na Itália desde segunda-feira (5) à espera da entrega de Pizzolato pela Justiça italiana. Ele seria levado de volta ao Brasil nesta quarta em um avião de carreira e, ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, seria transferido para um avião da Polícia Federal, com destino a Brasília. O governo brasileiro deve mantê-lo preso na Penitenciária da Papuda.
Fonte: G1