Os colégios eleitorais abriram neste domingo em Portugal às 8h (horário local, 4h de Brasília) para as eleições que determinarão o próximo governo, que é disputado pela coalizão direitista Portugal à Frente e pelo Partido Socialista (PS).
Quase 9,7 milhões de portugueses – dos quais cerca de 240 mil vivem no exterior – foram convocados às urnas para escolher os 230 deputados que comporão a Assembleia da República.
Os cidadãos portugueses poderão escolher entre as 16 forças políticas concorrentes, que incluem 13 partidos e três coalizões.
O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, pediu aos portugueses em mensagem na televisão antes do início do pleito que votem em um momento "crucial" para o país.
As últimas pesquisas apontam uma vitória do Portugal à Frente, a coalizão centro-direitista dos atuais partidos governamentais PSD e CDS-PP e liderada pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que obteria cerca de 35% dos votos.
Passos Coelho foi votar confiante que os próximos quatro anos serão melhores que a última legislatura.
O atual chefe do governo luso, a quem as últimas pesquisas indicam a vitória com cerca de 35% dos votos, afirmou que está "muito tranquilo" e esperar que "uma parte significativa dos portugueses vá exercer seu direito ao voto, apesar do mau tempo".
"A abstenção foi, infelizmente, maior do que todos desejaríamos, e não só nas eleições legislativas. Essa tendência foi se acentuando. Espero que nestas eleições possa mudar", assinalou.
Passos Coelho revelou que pensa em passar o dia com a família até o fim da tarde, quando se reunirá com seus companheiros de coalizão para acompanhar a apuração.
Antes de Passos Coelho, seu "número dois", o vice-primeiro-ministro e segundo rosto visível da coalizão conservadora, Paulo Portas, já tinha depositado seu voto no bairro lisboeta de Santos por volta das 8h30 para "dar o exemplo".
Portas, que também garantiu que tem "esperança", lembrou que nas últimas legislativas (2011) o país estava "sob assistência externa e em uma situação muito difícil" e comemorou que hoje os portugueses "possam fazer suas eleições com a liberdade recuperada".
A figura pública que mais madrugou foi o ex-presidente do quebrado Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado, que está em prisão domiciliar e foi votar a um colégio eleitoral do balneário de Cascais antes das 8h, acompanhado de uma escolta policial à paisana.
Salgado se limitou a comentar que estava cumprindo seu "dever cívico" ao votar, e que continua achando que o país "pode sair à frente".
Fonte: G1