Os atendimentos ao público nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na Paraíba foram retomados nesta quarta-feira (30) após a suspensão da greve dos servidores do órgão federal. A categoria, que paralisou suas atividades por 75 dias no estado, anunciou o fim da greve na sexta-feira (25) e retomou os trabalhos internos na segunda-feira (28). Perícias médicas, no entanto, continuam paradas por conta da greve dos médicos peritos, que ainda não foi encerrada.
Em todo o Brasil, no entanto, a situação varia. De acordo com a federação nacional dos sindicatos dos trabalhadores (Fenasps), esta quarta é o dia do retorno unificado ao trabalho. No entanto, algumas agências estão fazendo trabalhos internos nesta quarta e devem abrir ao público somente amanhã. É o caso das agências de Roraima, de Santa Catarina e do Maranhão, por exemplo, que só vão reabrir para o público nesta quinta-feira (1).
Em Pernambuco, os servidores estão fazendo mutirão para regularizar os casos pendentes, mas nem todas as agências estão abertas nesta quarta. No Amapá, o atendimento já foi normalizado no início do mês.
Na Paraíba, apenas os serviços administrativos que não precisam de perícias médicas retornam normalmente às atividades, de acodo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho do Estado (Sindsprev-PB), Elzevir Cavalcante. Isso porque os médicos peritos do INSS, categoria à parte dos servidores administrativos, continuam em greve.
Cerca de 3 mil pessoas ficaram sem atendimento durante a greve e a orientação é que quem tem atendimento agendado ligue para o 135 para remarcar este atendimento.
“Serviços como requerimentos em geral, seja de aposentadoria, de amparo social, auxílio-reclusão, pensão por morte, salário maternidade, entre outros que dizem respeitos apenas aos servidores administrativos foram retomados normalmente”, comentou.
Os médicos peritos do INSS garantem que pelo menos 30% do efetivo no Brasil continua atendendo o público.
A categoria entrou em greve no dia 13 de julho. Além dos servidores do INSS, também aderiram à greve os servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Ministério da Saúde, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os servidores retornaram ao trabalho acompanhando as orientacões do comando de greve nacional. A proposta acertada de aumento do governo ficou de 10,8%, sendo 5,5% em agosto de 2016 e o restante apenas em janeiro de 2017.
Também foram aprovadas a incorporação da gratificação de desempenho (dividida em três vezes: janeiro de 2017, janeiro de 2018 e janeiro de 2019), e a criação de um comitê gestor para estruturar o plano de cargos da categoria.
Para o presidente do sindicato dos servidores administrativos do INSS na Paraíba, a proposta aceita não agradou a categoria, mas ressaltou que foi necessário acatar diante do esgotamento das converçasões com o governo federal.
Fonte: G1