Uma adolescente de 14 anos foi estuprada por quatro homens, entre eles três adolescentes e um maior de idade, e teve o vídeo do crime divulgado em aplicativo, no município de Guaratinga, na região do extremo sul da Bahia. As informações são do delegado substituto da cidade, Sinésio Vieira Júnior. A denúncia do crime foi feita pela irmã da vítima na última quinta-feira (24). O exame de corpo de delito foi feito na segunda-feira (28), na cidade de Eunápolis.
Segundo Sinésio Vieira, a vítima relatou em depoimento que já tinha se relacionado com um dos suspeitos do estupro coletivo e há cerca de sete meses vinha sofrendo ameaças por não querer mais se envolver com ele. De acordo com o delegado, um adolescente foi apreendido e outro suspeito preso na última sexta-feira (25). Eles continuam deitidos na unidade policial nesta terça-feira (29).
"Um dos adolescentes, de 17 anos, 'ficava' com a vítima. Quando ela não aceitou mais continuar, ele a obrigou a manter relações sexuais sob ameaça. Nós imprimimos 88 páginas extraídas de uma rede social do suspeito em que ameaçava a garota prometendo vingança, caso ela não tivesse relações com ele", relatou o delegado. Segundo Sinésio Vieira, a vítima não fez a denúncia anteriormente por medo.
Divulgação de vídeo
Há cerca de três meses, de acordo com Vieira, o adolescente suspeito atraiu a garota para uma casa que estaria acontecendo uma festa e a estuprou, juntamente com outros três jovens. "Ele, mais dois adolescentes e um adulto fizeram relações sexuais de todas as formas com a adolescente, filmaram e divulgaram o vídeo no Whatsapp. Além dos vídeos, prints das imagens também foram divulgadas por eles", disse ao G1.
Após a denúncia, o adolescente, sob acompanhamento do Conselho Tutelar, foi conduzido para a delegacia, onde está apreendido, assim como o maior que está custodiado. "O adulto estava no trabalho quando foi preso na sexta-feira. Continuamos com as investigações para apurar a participação dos outros dois envolvidos na prática sexual", contou.
Já adolescente está com a família e vai passar por acompanhamento psicológico, segundo informou o delegado. O G1 tentou contato com o Conselho Tutelar de Guaratinga, mas as ligações não foram atendidas.
Fonte: G1