O Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (25) que pretende regularizar o Uber na capital paulista em até dez dias, mesmo em meio à pressão dos taxistas para proibir o "aplicativo de caronas".
"Estamos estudando os modelos do mundo, estamos encontrando soluções muito inovadoras, que preservam o direito dos taxistas, mantêm a regulação do Estado, mas não se fecham a tecnologia e a qualidade do serviço", disse Haddad em uma entrevista à Rádio França, durante um debate sobre urbanismo em Paris.
O prefeito não adiantou qual seria o modelo de regulação que pretende adotar. "Penso que vai ser uma solução que preserva a família dos 30 mil taxistas paulistanos, que reserva o direito de quem está na fila aguardando um alvará, mas que se abre a tecnologia", apontou Haddad.
Por 43 votos favoráveis, 3 contrários e 5 abstenções, a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou no início de setembro o projeto de lei que torna irregular a utilização de aplicativos de carona remunerada, atendendo a reivindicação dos taxistas que entraram em uma guerra contra o Uber.
O projeto de lei é acompanhado de uma emenda –apresentada pela prefeitura no dia da votação– que deixa uma brecha para uma futura regulamentação da Uber e de serviços semelhantes. O texto aguarda a sanção de Haddad.
Criado em 2010, o Uber está em 60 países (mais de 320 cidades) e começou a operar no Brasil no ano passado. O app é semelhante ao de táxi, com a diferença de que, para ser motorista da empresa, não é preciso ter um registro para transportar passageiros, basta se cadastrar no site, ter carteira profissional EAR (Exerce Atividade Remunerada), automóvel e seguro APP (Acidente Pessoal a Passageiro), bem como não ter antecedentes criminais.
Fonte: UOL