Cidades

Sorriso no rosto e vassoura na mão

Braços fortes, rostos marcados e muita determinação fazem parte da dura rotina dos varredores das vias urbanas em Cuiabá. Expostos a todos os tipos de riscos, esses trabalhadores asseguram à população uma cidade limpa e bem cuidada.

Homens e mulheres comuns, feitos de carne e ossos como qualquer cidadão, mas ignorados no dia a dia.  Às vezes não lhe é dirigido nem um simples obrigado, quanto mais um bom dia. Uma profissão desvalorizada, porém primordial na rotina de qualquer cidade.

A rua não faz distinção de cor e nem de idade. João Rodrigues de Lima, um senhor de 73 anos,  mostra-se em plenitude total quando o assunto é trabalhar. “A minha vida é normal, eu gosto de trabalhar, estou sempre alegre e brincando”, conta.

João é da cidade de Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro, e veio para Mato Grosso há mais de 20 anos a convite de um amigo.  Nesse tempo trabalhou em sítios, mas há dois anos começou a trabalhar como varredor. “Não tenho muita opção de empregos, infelizmente sou analfabeto e até para assinar um contrato preciso de ajuda”, contou João.

Apesar de o trabalho ser cansativo, a maioria dos varredores demonstra alegria e um senso de humor entre uma passada de vassoura e outra, no meio da conversa um com outro, além de agradecerem pela oportunidade de poder trabalhar. “Esse emprego foi uma coisa muito boa na minha vida, hoje em dia você não acha um emprego que consiga suprir as necessidades tão facilmente”, diz Marisete Silva.

Marisete era empregada doméstica e, do dia para a noite se viu sem trabalho e com uma filha de três anos para cuidar. Com apenas o segundo grau completo, ela enfrentou de perto a carência de trabalho agravada pela falta de qualificação. “Tenho vontade de fazer faculdade, mas tenho que ajudar nas despesas em casa e sustentar minha filha. Esse emprego foi uma salvação e o salário é muito bom, é mais do que eu ganhava como empregada”, fala.

A maioria dos varredores não teve a oportunidade de sentar em uma carteira e tirar dúvidas com um professor, foram criados para trabalhar e ajudar as suas famílias a levar renda extra para dentro de casa.

Histórias semelhantes se revelam ao conversar eles, como a de Joaquim Santos. “Trabalho há cinco anos como varredor, gosto muito, a rotina é bem tranquila. Sou de Pedra Preta no interior de Mato Grosso e trabalho desde menino. Infelizmente não concluí o segundo grau, mas sou feliz” conta.

Com barreiras impostas pela condição social, esses trabalhadores agradecem e sorriem com satisfação a oportunidade de poderem trabalhar, mesmo que o serviço seja cansativo, debaixo de sol e, muitas vezes, invisível aos olhos da população.

Segundo a Prefeitura de Cuiabá, hoje o município possui 250 varredores de rua que atuam oito horas por dia em horários que variam nos períodos matutinos, vespertinos e noturnos, de acordo com o cronograma do dia. O salário é R$ 1.200 reais.

Conscientização

Os varredores fazem uma observação ao comportamento e costumes dos cidadãos, falando sobre a falta de cuidado e respeito, não com eles, mas com a cidade. Para eles o acúmulo de lixo é muito grande na Capital e muitas pessoas não se importam com o destino final dessa sujeira toda. “Acho que a mídia deveria divulgar mais coisas sobre conscientização, quem sabe assim ajudaria a pessoa a pensar na hora de jogar o lixo e daí jogar no lugar certo. Às vezes limpamos a rua num dia e no outro já está suja de novo. É uma vergonha”, desabafou Joaquim Santos.

Ainda na visão dos varredores, a profissão só sai da invisibilidade quando as ruas não são limpas e a sujeira começa a se acumular pela cidade. “O varredor e o gari só são notados quando algo sai do lugar, ou se não passamos nas suas ruas. Queremos que a população reconheça o nosso trabalho”, comenta João Rodrigues de Lima.

Segundo as pesquisas divulgadas pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), de 2003 a 2014 a quantidade de resíduos produzidos pelos brasileiros foi cinco vezes superior ao aumento populacional do período, que foi de apenas 6%. Hoje, em média, cada pessoa gera 1,062 quilos de lixo por dia. Alessa Savage – My friends bad stepson Sam Bourne must be punished Hot alternative babe Yemaya Gonzalez gets her latin pussy banged Black stallion Isiah Maxwell fucks hot blonde cougar Katie Morgan Fat mans hot wife Alexxa Vega fulfills his debts Mandingos huge black cock inside hot blonde Katie Morgan hanime Jessa Rhodes – Unforeseen difficulties in Modest student fucks his hot stepmother in the shower Double Penetration Porn with my friends wife Christiana Cinn My black girlfriend loves cold ice cream and my warm sperm in her pussy Young exotic girl Nia Nacci wants her best friends father Mick Blue

No ano passado apenas 58,4% de um total de 78,6 milhões de toneladas de resíduos coletados tiveram destinação adequada, ou seja, foram encaminhados para aterros sanitários, locais apropriados e preparados para receber esses materiais. Outros 41% foram parar em lixões ou aterros controlados, lugares inadequados e que oferecem riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente podendo trazer sérias e irreversíveis consequências como a contaminação do solo e do lençol freático, entre outras.

 

Noelisa Andreola

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