Na manhã desta quarta-feira (9), João Arcanjo Ribeiro (o comendador de Mato Grosso) chegou sob forte esquema de segurança, para depor no tribunal do juro marcado para acontecer amanhã às 8h. Enquanto isso ele se encontra em uma cela isolada da Penitenciária Central do Estado (PCE). Arcanjo será julgado pela acusação de ter mandado matado no empresário Rivelino Jacques Brunini, crime no qual também foi morto Fauze Rachid Jaudy Filho, em 2002.
Nestes dias, de hoje até sexta-feira, o ex-bixeiro deverá ficar sob responsabilidade da Secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), que administra o sistema prisional em Mato Grosso. Depois do julgamento parte de volta para o presídio federal de segurança máxima em Porto Velho (RO), no qual tem cumprido pena.
Amanhã , o ex-bicheiro deverá se apresentar sozinho perante o tribunal do júri. O processo pela morte de Brunini e Rachid Jaudy foi desmembrado, desta forma os outros dois réus – Célio Alves de Souza e Júlio Bachs Mayada – já foram interrogados em julho.
O julgamento dele estava inicialmente marcado para 30 de julho, porém foi desmembrado, após um novo advogado de defesa ser constituído e pedir o adiamento para que pudesse estudar o processo. A nova data foi dada pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira, titular da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.
O crime
De acordo com o processo código 139220, as vítimas estavam em uma oficina mecânica quando foram surpreendidas por Hércules Araújo Agostinho, que se aproximou em uma motocicleta e efetuou disparos contra todos usando uma arma de fogo 9mm. Enquanto Hércules atirava, Célio Alves de Souza lhe dava cobertura. Nas imediações ainda estavam Júlio Bachs Mayada e Frederico Carlos Lepesteur.
Fauze foi atingido por sete tiros e morreu na hora. Os outros dois receberam apenas um disparo cada. Hércules Agostinho teve o processo desmembrado, foi julgado e condenado a 45 anos de prisão pelos crimes, em 2012. Frederico Lepesteur faleceu no curso do processo e por isso teve a punibilidade extinta.