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Navio brasileiro resgata 220 imigrantes no Mediterrâneo

A Marinha informou que uma embarcação brasileira resgatou nesta sexta-feira (4) no mar Mediterrâneo 220 imigrantes que tentatavam chegar à Europa. O resgate ocorreu quando a coverta Barroso, da própria Marinha, navegava próximo à Sicília, na Itália, em direção a Beirute, capital o Líbano. A ação foi feita após pedido do Centro de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) italiano, que identificou navio com chance de naufrágio próximo à Grécia.

Os naufrágios de embarcações com imigrantes no mar Mediterrâneo provocou a morte de milhares de pessoas que tentavam chegar à Europa de forma clandestina nos últimos meses. Só entre janeiro e abril, foram cerca de 2 mil mortos, contra cerca de 3,2 mil mortes ao longo de 2014, segundo dados da Organização Internacional de Migração (OIM). Nesta sexta, ao menos 30 imigrantes que partiram da Líbia ficaram desaparecidos após uma lancha afundar.

A maior parte das embarcações com imigrantes partem do norte da África. A Marinha não informou, contudo, a nacionalidade das pessoas resgatadas nesta sexta. Segundo a corporação, entre os resgatados pelo navio brasileiro, havia 94 mulheres, 37 crianças e 4 bebês de colo, estando "muitos deles extremamente debilitados".

De acordo com a Marinha, o trabalho de resgate começou por volta das 18h30 na Itália (13h30 no horário de Brasília), quando o serviço italiano de salvamento marítimo solicitou o auxílio brasileiro. A coverta do Brasil levou mais uma hora para chegar até o local, a 150 milhas de Peloponeso, na Grécia.

"Comunicado do Centro de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) italiano, por meio do sistema automático de comunicações do serviço internacional de Busca e Salvamento, [informou] sobre a existência de uma embarcação com risco de afundar com cerca de 400 migrantes, com destino à Europa", diz a nota da Marinha. A ação contou com a ajuda de dois navios-patrulha italianos de pequeno porte.

O navio brasileiro partiu do Rio de Janeiro no último dia 8 em direção ao Líbano. A corvata deverá substituir outra embarcação da Marinha, que está no país do Oriente Médio, e será usada para a interdição marítima e para fazer a capacitação da marinha libanesa. A embarcação tem uma tripulação de 191 militares a bordo, e permanecerá no Líbano até fevereiro de 2016.

Fonte: G1

Redação

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