Estudos científicos têm demonstrado o porquê que duas pessoas podem comer o mesmo alimento e uma engordar e outra não, ou por que algumas pessoas sentem muita fome e outras nem se preocupam se já passou a hora de comer. Os estudos mostram que a obesidade está diretamente ligada às bactérias existentes no intestino. Pessoas saudáveis, que se alimentam corretamente e fazem atividade física, possuem um equilíbrio quantitativo e qualitativo dos micro-organismos no intestino. Este processo é chamado simbiose.
Quando esse quadro se altera, aumentam as bactérias gram-negativas, que são nocivas à saúde, causando acúmulo de gordura no fígado, músculo, e no tecido gorduroso (adipócitos) chamado de disbiose.
Além disso, o aumento dessas bactérias nocivas faz com que ocorra um processo inflamatório no nosso cérebro levando ao aumento do apetite. Vejam quão é importante a função do intestino, nunca pensaram nisso não é? “Meu intestino funciona apenas uma vez por semana e eu sinto muita fome, principalmente à noite”. Essa queixa é muito encontrada no consultório e uma vez melhorada a função intestinal acaba-se o sintoma e a pessoa emagrece , fica bem humorada e feliz. É importante aumentarmos o aporte das bactérias boas em nosso organismo, aumentando o consumo de hortaliças – básicas como couve – repolho- couve de bruxelas- brócolis- couve flor – rúcula. Podemos também usar os lactobacillus liofilizados que são encontrados nos suplementos alimentares . Uma microbiota intestinal equilibrada, ou seja , com bactérias boas , oferece inúmeros benefícios à saúde como o fortalecimento do sistema imunológico , produzindo energia ao corpo e reduz a produção de gorduras nas células, ou seja, emagrecendo .
Na gestante , seu uso é muito indicado, pois melhora a maturação celular do intestino do feto bem como diminui os processos inflamatórios do mesmo, trazendo mais saúde ao bebê ao nascer. Grávidas que têm seus filhos de parto normal ajudam a colonizar de bactérias boas o intestino do seu filho através do contato dele com o trato vaginal colonizado na mãe. Concluo dizendo que devemos voltar ao passado e comer do que plantamos e colhemos e conduzir os filhos de uma forma natural ao mundo – é o que há de melhor para nossa saúde e de toda a população.