Política

Riva pode ser preso novamente após descumprir medida cautelar

Foto Ahmad Jarrah

O ex-deputado José Geraldo Riva tem cinco dias para justificar a ausência na audiência com a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda no último dia 24 de julho. Caso a defesa de Riva não ofereça uma razão para o seu cliente ter faltado a audiência ele pode perder a liberdade e voltar ao anexo do Presídio Carumbé, na capital.

Conforme notificou a magistrada o descumprimento impostas no ato de soltura do ex-deputado pode causar-lhe a perda de liberdade. “Certifico e dou fé que nesta data o acusado José Geraldo Riva compareceu nesta secretaria e saiu intimado, para que justifique no prazo de 05 dias o descumprimento da medida cautelar imposta na decisão fls. 13.715/13.717 (comparecimento mensal em juízo todo o dia 24 de cada mês, para informar e justificar suas atividades), da qual foi advertido na audiência realizada em 24/06/2015 (fls. 13.721/13.722), sob pena de revogação da medida e reestabelecimento da prisão em cárcere”, diz trecho da descisão.

Riva foi notificado na segunda (10) e tem até a próxima terça-feira (18), pois na quarta-feira (11) foi feriado no poder judiciário. Conforme Selma Arruda José Riva não retornou ao fórum e já havia sido advertido quanto à necessidade de comparecimento à Justiça, desde a audiência realizada em 24 de junho, ocasião em que seis medidas restritivas foram impostas.

Outro lado

Os advogados do réu não atenderam aos telefonemas da redação do Circuito Mato Grosso até a publicação desta matéria.

Desvios na AL

O Grupo Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) desvendou o esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O ex-deputado Jose Riva (PSD), que deteve mandato por 20 anos, chegando a ocupar os cargos de secretário e presidente do parlamento, é apontado como líder da organização que teria desviado mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos com falsas aquisições envolvendo cinco empresas do ramo de papelaria, todas de “fachada”.

Consta na denúncia, que a organização criminosa fraudou, nos últimos anos, a execução de contratos licitatórios na modalidade carta convite, pregão presencial e concorrência pública, visando a aquisição simulada de material de expediente, de consumo e artigos de informática. Durante as investigações, foi constatado que os materiais adquiridos não foram entregues, embora servidores tenham atestado as notas de recebimento e a Assembleia Legislativa tenha efetuado os pagamentos.

 

 

Ulisses Lalio

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