Foto: Noelisa Andreola
Há 60 dias de greve, trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram na manhã desta terça-feira (28), uma manifestação na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. O protesto foi acompanhado pela policia militar para evitar tumultos.
O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos (Sintuf- MT) juntou-se a outros servidores públicos federais para a causa ganhar força. Estavam apoiando a ação, a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) – que também está em greve há dois meses – e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que entrou de greve há 15 dias, nas 11 unidades dos Institutos Federais em Mato Grosso.
Segundo a coordenadora geral do Sintuf, Léia de Souza Oliveira, a proposta feita pelo Governo Federal foi julgada insuficiente por grande parte da categoria. ‘’Há mais de dois anos que o governo não apresenta nenhuma proposta ao técnico-administrativos. Nesse período de dois meses já tivemos cinco reuniões, mas não evoluímos no entendimento a cerca do que estamos reivindicando. O principal item da nossa pauta é a questão do reajuste salarial, ele nos propõe o aumento de 21,3% escalonado em quatro anos, que não repõe nem a perda das inflações passadas e nem a expectativa da futura’’, disse.
As pautas reivindicadas pelos técnico-administrativos são: reposição das perdas salarias – por causa da inflação – de 27,3%, turno de trabalhos contínuos, aprimoramento da carreira, reajustes de benefícios, democratização da Universidade e contra os cortes que foram realizados na educação.
Para o Presidente da Adufmat, Reginaldo Araújo, a greve é o momento de denunciar o que está acontecendo com a nossa instituição. ‘’ A UFMT é uma universidade que nos últimos dez anos está em expansão, nós tivemos um processo de quase dobrar a quantidade de alunos, o que nos deixa completamente felizes, mas por outro lado não veio na mesma proporção a contratação de professores e a técnicos a construção de estrutura física então diante deste contexto não tivemos outro caminho se não fazer a greve’’, pontua o presidente.
Ao todo 66 universidades federais estão com atividades paradas do setor técnico-administrativo e 41 na área acadêmica pelos docentes. Em Mato Grosso todos os campis estão em greve (Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Araguaia) e envolve mais de mil servidores paralisados e cerca de 20 mil alunos sem aulas.