A mulher que confessou ter matado a grávida de 21 anos e roubado o bebê, em Ponte Nova, na Zona da Mata de Minas Gerais, agiu sozinha, segundo a conclusão do inquérito da Polícia Civil. Detalhes sobre a investigação foram divulgados na tarde desta segunda-feira (27).
De acordo com a corporação, a suspeita de praticar os crimes pode receber pena de até 45 anos de prisão. Com o auxílio de uma boneca, simulando uma mulher grávida e um modelo de útero, com um bebê, a perícia vai tentar provar que a acusada, de 33 anos, cometeu sozinha o homicídio.
Segundo as investigações, o crime teria sido no dia 26 de junho, quando a vítima, grávida de aproximadamente nove meses, saiu de casa para uma consulta de rotina no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova, e desapareceu. Imagens do circuito interno de segurança do hospital e de uma farmácia próxima mostraram que a grávida saiu da unidade de saúde em direção ao centro da cidade. De lá, ela teria seguido de ônibus para o bairro Vale Verde.
Ainda segundo a polícia, testemunhas afirmaram ter visto a grávida em companhia de outra mulher com características compatíveis às da suspeita. No mesmo dia, a mulher acusada alegou ter realizado um parto natural em sua própria casa e acionou o Corpo de Bombeiros, que a encaminharam com a criança para o hospital.
No dia 30 de junho, o corpo da vítima foi localizado por uma equipe dos bombeiros em uma construção abandonada. A vítima estava sob uma caixa d'água, amordaçada, com as mãos e pés amarrados, uma lesão no pescoço e um corte na barriga por onde a criança foi retirada.
A suspeita chegou a registrar o bebê. A polícia acredita que ela tenha convencido a grávida a acompanhá-la com a promessa de que doaria um enxoval para o bebê.
Após o crime ser desvendado, a polícia solicitou à Justiça a soltura de um homem que era investigado como suspeito de envolvimento no caso.
A guarda provisória da criança foi entregue a família da mãe biológica.
Fonte: G1