Dez lutadores estão confirmados para representar Mato Grosso no Rio Winter Internacional Open IBJJLF Championship, que será realizado de 23 a 26 de julho, no Rio de Janeiro (RJ). O evento, organizado pela Federação Internacional de Jiu-jitsu Brasileiro (IBJJLF), é considerado uma das competições mais importantes da modalidade esportiva e vale pontuação para o ranking internacional. Com esses pontos os atletas garantem vaga para participar do Mundial de Jiu-jitsu, que ocorrerá em junho de 2016 na Califórnia (EUA).
De acordo com o diretor executivo da Federação Mato-grossense de Jiu-jitsu e Lutas Associadas (FMTJJLA), Alexandre Galina, antes de a competição mundial migrar para os Estados Unidos, ela era realizada no Rio de Janeiro, de 1997 até 2006. Quando foi embora, o Rio Open entrou para suprir a lacuna deixada e até hoje continua sendo empreendido no mesmo local e data em que era feito o Mundial. Segundo Galina, por esse contexto, e pelo fato de o Jiu-jitsu brasileiro ser referência no mundo, é que o Rio Open detém tamanho legado simbólico.
“Nosso grupo vai para o Rio Open buscar resultados tanto na própria competição quanto para faturar pontos no ranking visando ao Mundial. Só participa do Mundial quem estiver ranqueado. Todos os dez estão indo com recursos próprios ou da iniciativa privada. Não há qualquer apoio do governo. E por isso muitos outros atletas não puderam ir. E sem ranquear já ficam de fora do próximo Mundial. Mato Grosso não participou do Mundial deste ano, pois o custo médio para cada atleta competir na Califórnia é de R$ 7 mil”, diz Galina.
O lutador
Um dos cuiabanos que vai para o Rio Open, Armando Felipe de Araújo Ribeiro, faixa roxa de 19 anos, que já conquistou medalha de bronze em Brasileiro e Internacional, e também foi campeão brasileiro e sul-americano de MMA, esse certame tem valor duplo: primeiro por ser um evento internacional que ocorre em local e data consagrada e depois por garantir pontos para participação no Mundial. Segundo ele, tem treinado muito a posição de guarda, pois foi a parte em que errou na última disputa nacional, e também a finalização por triângulo.
“No último Brasileiro que participei não consegui imprimir o jogo que havia planejado. Fiz a guarda, mas o adversário a sobrepujou e foi para as minhas costas. Nesse momento que perdi a luta. Então tenho treinado diariamente a posição de guarda para o Rio Open. Pois minha estratégia é de guardeiro. E, dentre as finalizações praticadas, uma que tenho dado atenção especial é o triângulo. Pratico todo dia contra os atletas mais casca grossa de Cuiabá”, avalia Armando, mais conhecido pelo apelido de Severino.