O comissário europeu para Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici, considerou que o acordo feito na madrugada desta segunda-feira (13) sobre um terceiro resgate à Grécia é importante, mas Atenas tem que recuperar a confiança dos seus credores.
“É um acordo importante, que permite à Grécia prosseguir as suas reformas”, disse Moscovici, salientando que os ministros das finanças da zona do euro podem começar a discutir hoje “soluções de curto prazo”.
Segundo ele, cabe à Grécia recuperar a confiança que os credores perderam no país, sendo o primeiro passo a adoção do acordo pelo Parlamento de Atenas.
Em relação ao acordo alcançado hoje, após 17 horas de negociações entre chefes de Estado e de Governo dos países da moeda única, o comissário disse que “as equipes trabalharam dia e noite para manter a estabilidade da zona do euro”.
Eurogrupo vai debater financiamento à Grécia e eleger novo presidente
Os ministros das Finanças da zona do euro voltam a se reunir nesta segunda-feira (13), em Bruxelas, para debater o financiamento à Grécia e a eleição do novo presidente para o Eurogrupo.
Os ministros das Finanças da zona do euro discutem hoje o empréstimo (financiamento-ponte) que servirá para evitar que a Grécia deixe de quitar os próximos pagamentos, necessitando de € 7 bilhões até 20 de julho e de mais € 5 bilhões até meados de agosto, segundo o texto com as conclusões da reunião. O terceiro programa de ajustamento deverá cobrir necessidades financeiras entre € 82 e € 86 bilhões de euros, de acordo com a avaliação das instituições.
O financiamento é um empréstimo que servirá para evitar que a Grécia falhe nos próximos pagamentos – 3,5 milhões de euros que o país tem de pagar ao Banco Central Europeu no próximo dia 20 –, evitando uma inadimplência, enquanto não é aprovado o terceiro resgate ao país.
O fórum, que reúne os ministros das Finanças dos 19 países da moeda única, vai também eleger um novo presidente.
Na corrida ao cargo, estão o atual presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças holandês, Jeoren Dijsselbloem, e o titular espanhol da pasta, Luis de Guindos. Dijsselbloem foi eleito em janeiro de 2013 para um mandato de 2,5 anos e pertence ao Partido Socialista Europeu, enquanto Guindos integra o Partido Popular Europeu (PPE).
Fonte: iG