O primeiro-ministro da Sérvia, Aleksandar Vucic, precisou sair correndo da cerimônia pelos 20 anos do massacre de Srebrenica após ser atingido por pedradas e garrafas arremessadas pelos participantes do evento. Ferido levemente no rosto, Vucic já está voltando para Belgrado.
A celebração no memorial e cemitério de Potocari, na Bósnia oriental, reuniu milhares de pessoas que foram lembrar os mais de oito mil mortos no massacre ocorrido há 20 anos. Apesar de muitos historiadores e líderes mundiais chamarem a ação de "genocídio", a Sérvia se recusa a aceitar o título e contou com o veto da Rússia para a ONU o reconhecer como tal.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou uma mensagem ao país e disse que o mundo deve aprender com o maior massacre na Europa nos últimos 50 anos. "Devemos celebrar a tragédia, mas também aprender com ela. Só com uma plena consciência do passado poderemos ter um futuro de verdadeira e duradoura reconciliação", destacou.
O chefe de Estado da Itália, Sergio Mattarella, também se manifestou pela data. "O genocídio de Srebrenica é a tragédia humana mais grave que ocorreu em terras europeias após o fim da Segunda Guerra Mundial. Foi uma derrota da humanidade, cujo peso moral e político, registra ainda sobre a comunidade internacional a incapacidade de prevenir os conflitos que dilaceraram a Iugoslávia", destacou.
Cerca de 30 mil muçulmanos procuraram a cidade após ela estar sob os cuidados da ONU. Eles fugiam de ataques sérvios em outras localidades bósnias. Porém, apenas 100 soldados holandeses estavam "protegendo" o local e não foram páreo para o exército invasor. A maior parte dos assassinados foram homens de 10 a 77 anos.
Fonte: iG