Foto Ahmad Jarrah / Circuito MT
Na manhã desta quarta-feira (1º) o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) composto por membros do Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil prenderam o ex-deputado José Geraldo Riva (PSD) por suposto esquema que teria desviado R$ 10 milhões dos cofres públicos. O ex-palamentar é suspeito de peculato, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O que chamou a atenção dos investigadores do Gaeco, foi que o réu, coordenou as ações da organização criminosa no período em que já sabia ser investigado na denominada Operação Ararath. Tendo reiterado a prática de crimes mesmo após ter sido preso e solto por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) pela prática de crimes de lavagem de dinheiro e outros, todos apurados por investigação da Polícia Federal.
Segundo nota oficial da assessoria do Ministério Público, a Operação Ventríloquo, que cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e condução coercitiva, não possui qualquer relação com a Operação Imperador deflagrada em fevereiro deste ano, nem tampouco com a Operação Ararath, tratando de fatos totalmente diferentes.
Conforme o MP, o bando criminoso investigado, sob o comando de José Geraldo Riva, atuou no âmbito da Assembleia legislativa nos anos de 2013 e 2014 e desviou aproximadamente R$ 10 milhões dos cofres públicos.
Os pedidos de prisão, busca e apreensão, bem como de condução coercitiva, foram levados à apreciação do Poder Judiciário antes da decisão do STF que revogou a prisão do ex-parlamentar na semana passada.
O advogado de Riva, Valber Melo, disse que a defesa ainda não teve acesso ao conteundo das denúncias. "Assim que nossa equipe 'tomar pé' da situação falaremos a respeito. Enquanto isso não vamos nos manifestar para a imprensa", disse Melo por telefone.
Operação Ararath
As investigações sobre um esquema de crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro tiveram início ainda em 2011 e a primeira fase da operação foi deflagrada em novembro de 2013.
A 5ª e fase 'bombastica', deflagrada em 20 de maio do ano passado, o esquema investigado pela PF, Riva e outros políticos de Mato Grosso teriam se beneficiado de um “banco clandestino” operado pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior.