Cidades

Greve completa um mês e professores não têm previsão de por fim a paralisação

Neste domingo (28) a Greve dos professores da Universidade de Mato Grosso (UFMT) completa um mês. Os docentes estão de braços cruzados desde o dia 28 de maio e reforçam a greve nacional da categoria. O objetivo principal é a questão salarial  (aumento de 27%) e a reestruturação da educação pública superior no país.

Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (ADUFMAT), a greve está surtindo efeitos positivos, já que em 23 dias após inicio da greve, o Ministério da Educação (MEC) já se reuniu com a categoria para debater um possível fim para a paralisação. "Isso é inédito, mas não significa que eles vão acatar nossas reivindicações. Contudo esperamos que as negociações andem mais rapidamente", explicou o professor membro do Comando Local de Greve, Roberto Boaventura, por telefone.

Em Mato Grosso, apenas dois campis estão em greve, contudo na próxima quarta-feira (1º de julho) o comando de greve se reunirá com os servidores de Sinop (único campus que não aderiu a greve), para negociar sua adesão ao movimento. Uma reunião com a base da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) está marcada para terça-feira (30) as 8h30min, para discutir os avanços e próximos passos da categoria. A UFMT tem cerca de 20 mil alunos e 1.800 professores, sendo que 1.700 concursados e 100, substitutos.

A categoria também cobra autonomia das decisões das universidades federais e a reestruturação da carreira. Além dessas pautas, o movimento representativo é contrário ao Projeto de Lei 4330/2004, que prevê a regulamentação dos profissionais terceirizados e também são contra o financiamento público de bolsas do Pró-Uni e Fies (Financiamento Estudantil), segundo a categoria isso é uma forma de  beneficiar a rede privada em detrimento da pública.

Atualizada às 11h39min.

Ulisses Lalio

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