Após 15 minutos do horário marcado, o senador Sérgio Petecão, presidente da Comissão, abriu com o plenário vazio, mas mesmo assim abriu votação para aprovação do relatório. Como não houve votos contrário, a sessão foi encerrada com o documento sendo aprovado para entrar na pauta da Câmara dos Deputados.
Logo que a sessão foi encerrada, entretanto, integrantes da ‘bancada da bola’ liderados pelos deputados Marcelo Aro, diretor de Ética e Transparência da CBF, e Vicente Cândido, que é sócio do atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, entraram no plenário e rebateram a iniciativa do presidente da Comissão ter terminado a sessão em tão pouco tempo.
"Durante todo o processo nós conversamos, dialogamos e fazemos tudo junto. E em uma reunião você finaliza em 1 minuto?", indagou Aro, que logo prosseguiu ameaçando o trâmite da MP do Profut na Câmara.
"Não foi justo pela forma que levamos o trabalho por todo esse tempo. Há vida depois de amanhã. Vossa excelência e o senhor relator terminam essa sessão da pior maneira possível", afirmou o parlamentar.
Vicente Cândido endossou que o trâmite da MP do Profut no Congresso e a articulação política em relação a proposta foi prejudicada pela forma que a reunião foi encerrada.
"Pela relevância dessa matéria, não poderia terminar a sessão dessa maneira. Acho que essa ligereza neste momento não constrói relações. Dessa forma, não dá para votar uma matéria dessa no Plenário", ameaçou Cândido.
Apesar da irritação dos parlamentares da ‘bancada da bola’, que pretendiam modificar o conteúdo do relatório para reduzir as contrapartidas do refinanciamento para clubes e a CBF, o relatório foi aprovado e passará para a pauta da Câmara dos Deputados a partir da próxima semana.
"Todos os partidos poderão promover novas sugestões no plenário da Câmara. Hoje, houve um passo importante no trâmite mas posições distintas poderão ser apresentadas posteriormente", esclareceu o relator da MP do Profut, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ).
A MP do Profut tem até o próximo dia 17 de julho para ser aprovada pela Câmara dos Deputados e no Senado. A data é o limite de 120 dias para a proposta ser avaliada a partir da assinatura do documento pela presidente Dilma Rousseff, que ocorreu no dia 18 de março.
Fonte: Terra