Política

Juiza assina soltura, mas impõe várias medidas cautelares a Riva

Foto Ahmad Jarrah

O ex-deputado José Geraldo Riva (PSD) libertado ontem do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) por ordem do Supremo Tribunal Federal, terá que obedecer algumas medidas cautelares impostas pela Juíza Selma Arruda. A magistrada que assinou a ordem de prisão preventiva, na Vara Criminal de Cuiabá achou por bem impor algumas restrições ao réu para que as investigações não sejam atrapalhadas.

Riva estava preso desde o dia 21 de fevereiro, quando foi alvo de uma operação do Grupo Especial de combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele é suspeito de liderar um esquema de desvios de verba pública – na monta de R$ 62 milhões – da assembleia Legislativa, onde atuou por mais de 20 anos.

Selma Arruda exigiu que o ex-parlamentar compareça todo mês ao juízo, proibição de acesso a Assembleia Legislativa, não pode conversar com outros corréus do caso, nem de ausentar-se da Comarca sem previa autorização do juízo, recolhimento domiciliar noturno (aos sábados, domingo e feriados em período integra), monitoração eletrônica (tornozeleira) e que o acusado entregue o seu passaporte e não deixe o país.

Conforme trecho da decisão da juíza o réu responde por uma centena de processo, dentre eles mais de duas dezenas de processos criminai, que lhe poderão render condenações bastante altas. Ainda conforme a magistrada analisou “há indícios que um dos corréus seria o responsável pelo sumiço de documentos relativos a entrada e saída de materiais da Assembleia Legislativa, tudo indicando que assim tenha procedido a mando, ou em benefício do acusado José Riva. Por isso a soltura do réu sem a imposição de algumas restrições que reputo necessárias poderá ocasionar prejuízos de monta as investigações”, argumentou.

Caso José Riva descumpra alguma das medidas cautelares ele será penalizado novamente com restrição de liberdade.

O advogado Valber Melo disso ontem, durante a saída do seu cliente no Fórum que ainda não há nenhuma oitiva marcada e que as investigações seguem. Segundo ele, Riva irá provar sua inocência, pois as acusações lhe imputadas são mentirosas.

Ulisses Lalio

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