Foto: Mary Juruna/Circuito MT
Vários usuários do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande estão tendo dificuldades para chegar aos seus trabalhos nesta manhã (28). Isto porque não há ônibus nas ruas, por conta da greve dos motorista do transporte público. As pessoas estão denunciando que a porcentagem mínima estipulada por lei, de 30%, não está sendo cumprida pelos manifestantes.
Com pontos de ônibus vazios, a região metropolitana de Cuiabá, amanheceu nublada e com temperatura na casa dos 20°. Todavia o aumento de carros e mototaxistas pelas vias é notadamente superior. “Estou esperando há mais de 40 minutos, já deixei avisado que chegarei tarde hoje no trabalho. Talvez precise pegar um taxi ou mototáxi, mas nem eles estão atendendo direito”, disse atendente de caixa Alessandra Mendes do bairro Aeroporto, em Várzea Grande.
Segundo informações do presidente do Sindicato dos Motoristas de ônibus (STETTCR), Ledevino Conceição, cerca de 500 mil pessoas serão afetadas pela greve em toda região metropolitana de Cuiabá – que engloba Cuiabá, Várzea Grande e cidades circunvizinhas.
O presidente da entidade sindical disse ontem (27) que não irá desistir da pauta de reivindicação que os trabalhadores da área estão pleiteando. “Enquanto os empresários não concederem aumento de 10% aos trabalhadores da área, um vale alimentação de R$ 150 e a comissão para os motoristas, não iremos ceder”, disse Ledevino.
A desembargadora Maria Beatriz Theodoro Gomes, determinou ao sindicato que mantenha em atividade 70% dos empregados e dos ônibus nos horários de pico, sob pena de multa diária de R$ 30 mil.
A STU (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Estado de Mato Grosso) ofereceu até o momento o reajuste do salário dos motoristas para R$2 mil, o pagamento de R$120 de ticket alimentação e 8,5% de aumento para os demais trabalhadores. A proposta foi rejeitada pela categoria na assembleia realizada na última terça-feira (26) dia também onde a categoria decidiu pela greve.