Um homem foi agredido por um segurança de um shopping às margens da Epia, no Guará, em Brasília, neste domingo (10) durante uma briga no estacionamento. Enquanto procurava vaga, o cliente foi alertado pelo funcionário de que estava na contramão. O homem alega que manobrava o automóvel e que, por isso, momentaneamente o veículo pareceu ficar na contramão. Os dois passaram então a discutir.
O gerente comercial Ricardo de Azevedo afirma que o incidente aconteceu quando ele foi comprar o presente de Dia das Mães com o filho de 6 anos, que é autista, e o cunhado. Em nota, o Parkshopping informou que lamenta o conflito ocorrido, disse que repudia qualquer tipo de violência e declarou que afastou o segurança enquanto são apurados os detalhes da ocorrência.
Azevedo relatou as circunstâncias da briga. "Ele veio próximo de mim, chegou falando algumas palavras do tipo 'eu podia ter tirado o cone, mas não vou tirar o cone porque o senhor fez uma contramão'. Eu falei 'por favor cara, não estou aqui a fim de confusão. Eu sou cliente, gostaria que você se calasse e fosse para o seu lugar. Eu não estou a fim de confusão'. Nesse momento em que eu fui tirar o meu filho da cadeirinha e retornei, ele veio e proferiu o primeiro murro no meu rosto. Logo em seguida, um segundo."
Fotos tiradas logo após a agressão mostram o rosto do gerente comercial bastante machucado e ensanguentado. O cunhado tentou conter o segurança, mas ele jogou uma grade na direção dos dois. A agressão só parou quando outros dois seguranças do shopping separaram o colega.
Segundo o cunhado de Azevedo, Walter Teixeira, o homem estava transtornado. "Não parecia ter condição nenhum para o trabalho naquele dia."
A vítima diz que o shopping se recusou a informar o nome do segurança. Após receber os primeiros socorros dentro do centro comercial, Azevedo foi levado de ambulância para um hospital. O laudo médico afirma que ele teve uma fratura no nariz e vai precisar de cirurgia.
O filho da vítima, que é autista, viu toda a briga. Segundo Azevedo, o pai de um amigo dele que passava pelo local se ofereceu para levar o menino para casa. "Eu aceitei porque, em um primeiro momento, meu maior interesse é que meu filho não visse aquela cena de barbárie que estava acontecendo ali no shopping, né?", conta.
Fonte: G1