O ex-deputado José Geraldo Riva (PSD) escapou outra vez de falar sobre o seu envolvimento em esquemas de desvio de verba pública, nesta terça-feira (05). Desta vez a sua defesa pediu o adiamento do depoimento, em condição de testemunha, na CPI das obras da Copa (Comissão Parlamentar de Inquérito), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Riva foi o principal articulador para a mudança do modal de transporte de Bus Rapid Transit (BRT) para o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos).
O depoimento estava agendado para começar às 9h [horário de Mato Grosso], na AL, em Cuiabá. Mas acabou sendo adiado por conta de um pedido formal feito pelo advogado do ex-parlamentar. A CPI decidiu, por três votos a um, pelo adiamento do depoimento.
A decisão atendeu ao pedido feito pelo advogado Rodrigo Mudrovitsch, que alegou inicialmente que o depoimento atrapalharia nas oitivas da ‘Operação imperador’, que investiga o envolvimento de Riva no esquema de desvio de R$ 60 milhões em contratos fraudulentos.
Prisão
Riva está preso desde o dia 21 de fevereiro deste ano sob acusação de liderar o esquema. Ele está detido no Centro de Custódia da capital, de forma preventiva, já que o magistrado mato-grossense entendeu que ele poderá atrapalhar o andamento das investigações caso seja posto em liberdade.
Anteriormente a defesa do ex-parlamentar, conseguiu adiar o depoimento dele na 'operação imperador' para o fim das oitivas, prevista para junho. Ele falaria na semana passada (28 de abril), na Vara Criminal do Fórum de Cuiabá. Os advogados alegaram que ele, como réu, deve ser o último a ser ouvido nas investigações.