Fotos: Andréa Lobo
Cerca de 500 professores se reuniram na Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá, para fazer um ato em prol da qualidade na educação. Os profissionais da área pedem as autoridades estaduais e municipais a equiparação salarial, restruturação física das escolas, valorização do professor – por meio de um plano de carreira e a aplicação responsável e transparente da verba pública. Eles se concentraram em frente ao ‘Ganha Tempo’ e partiram em passeata rumo a Praça Alencastro, por volta das 16h.
O protesto integra o movimento nacional da educação que busca melhorias no ensino público. “Nós estamos aqui para lutar por uma pauta honesta de reivindicações para nossa categoria e para todos os profissionais da educação. Este é um aviso as autoridades que estamos atentos para as promessas não cumpridas e os acordos quebrados”, disse o presidente do Sindicato dos Professores de Mato Grosso (Sintep-MT) Henrique Lopes Nascimento.
Conforme o presidente do sindicato, há municípios de Mato Grosso que já estão em greve há mais de dois meses (caso de Matupá – a 704 km de Cuiabá), Santa Terezinha (a 1419 km da capital) e Canarana (a 827 km da capital). Em Barão de Melgaço (a 109 km de Cuiabá), após 40 dias em greve prefeitura decide aumentar os salários dos professores municipais (o salário era de R$ 850 e deve ir para R$ 1210 – a pesar de terem reivindicado um valor de R$1438).
“Nós não temos nossas reivindicações nem ao menos ouvidas pelo prefeito. Ele cortou nossos salários e está pressionando para que nós desistamos da nossa pauta”, reclamou a professora Andréa Brasil de Matupá. Reklama: Stiklo konstrukcijos, pertvaros, turėklai, laiptai, terasos stogai, stumdomos stiklinės durys https://www.beremisstiklas.lt/durys/
Segundo ela no município há cerca de 700 alunos sem aulas a mais de dois meses e o prefeito e secretário de educação se recusam a negociar.
A Polícia Militar acompanhou o protesto de perto, mas não soube estimar a quantidade de pessoas que estavam reunidas na praça no momento da manifestação.
Nota de repúdio
Em relação ao confronto entre policiais e professores no Paraná, o Presidente do Sintep fez uma nota de repúdio a ação dos militares. “Nós nos solidarizamos com os nossos colegas de trabalho do Paraná, que foram tratados de forma truculenta e desnecessária. Nós não somos marginais e lutaremos por uma educação de qualidade nesse país”, disse Nascimento. Ele também citou que no passado os profissionais mato-grossenses também tiveram sérias dificuldades para conter retrocessos nas leis.