Política

Após críticas, PT acusa Marta de ‘falta de ética’

O PT divulgou nota nesta terça-feira (28) na qual informou estar “indignado” com a carta de desfiliação entregue pela senadora Marta Suplicy (SP), que deixou a legenda após 33 anos. A nota é assinada pelos presidentes nacional do partido, Rui Falcão, estadual de São Paulo, Emídio  Souza, e municipal da capital paulista, Pailo Fiorilo.

Marta entregou sua carta de desfiliação na manhã desta terça, em São Paulo. No documento, ela afirmou que o PT se distanciou dos fundamentos que levaram o partido à fundação, não dá abertura para o diálogo e que os princípios da legenda “foram renegados” pela agremiação. Desde que deixou o Ministério da Cultura, em novembro do ano passado, a senadora adotou postura crítica ao governo.

Na nota do PT, a legenda atribuiu a desfiliação de Marta à “ambição eleitoral” da senadora e afirmou que "nunca" cerceou suas atividades partidárias ou parlamentares.

“O PT recebe com indignação a carta da senadora Marta Suplicy oficializando sua desfiliação do PT. Apesar dos motivos enunciados, entendemos que as razões reais da saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um personalismo desmedido que não pôde mais ser satisfeito dentro de nossas fileiras. Por isso, resolveu buscar espaços em outros partidos”, informou o PT na nota divulgada.

Além da carta, Marta se manifestou contra o PT em vídeo publicado no YouTube e divulgado em seu perfil no Facebook (veja íntegra do vídeo ao lado). Na gravação, a senadora diz que o partido se desviou do caminho e se contaminou com o poder. Ela afirma estar deixando o partido para continuar no caminho que ela descreve como sendo de “luta para a justiça social”.

Em conversa com jornalistas no Senado na tarde desta terça, a parlamentar informou estar conversando com vários partidos sobre seu futuro político. Segundo ela, a conversa está "mais adiantada" com o PSB, mas também houve diálogo sobre possível filiação com PDT, PPS, PV e SD.

'Falta de ética e acusações infundadas'
Ainda no documento do PT em resposta à carta de Marta, o partido diz lamentar que a senadora “retribuiu com falta de ética e acusações infundadas” a confiança conferida a ela pela legenda. Na carta de desfiliação, Marta disse ser de conhecimento público que o PT tem sido “protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou”.

Na avaliação do partido, Marta “renega a própria história e desonra o mandato”, além de desrespeitar a militância. Para o PT, Marta “destila ódio” por não ter sido a candidata da legenda à Prefeitura de São Paulo em 2012, quando Fernando Haddad disputou a eleição – ele foi eleito.

“Finalmente, é triste ver que a senadora jogue fora a coerência cultivada como militante do PT e passe a se alinhar, de forma oportunista, com aqueles que sempre combateu e que sempre a atacaram”, diz o partido na nota.

Fonte: G1

Redação

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