A Jeep, do grupo Fiat Chrysler, apresentou para jornalistas nesta segunda-feira a fábrica da montadora, que produzirá, entre outros, o Renegade, SUV que promete “bagunçar” o mercado de veículos. Com investimento total de mais de R$ 7 bilhões, a planta, que fica na cidade de Goiana, em Pernambuco, conta com 700 robôs, sendo 650 na funilaria, 40 na pintura e dez na montagem.
O polo automotivo marca o retorno da produção Jeep no Brasil depois de 30 anos. De acordo com a fabricante, o local tem 260 mil metros quadrados de área construída e produzirá 250 mil veículos por ano. Atualmente, a fábrica trabalha com capacidade para cerca de 45 carros por hora – apenas o Renegade está sendo produzido, mas Cherokee e Grand Cherokee também serão feitos na planta.
A primeira fábrica a ser inaugurada desde a criação do grupo Fiat Chrysler, em outubro do ano passado, empregará mais de 9 mil trabalhadores – destes, 82% serão nordestinos.
O primeiro Jeep Renegade destinado ao mercado deixou a linha de montagem no dia 19 de fevereiro de 2015. As vendas do SUV começaram na última semana nas cerca de 120 concessionárias da marca no País.
Produção
Contando com muita tecnologia, a linha de produção da Jeep está ajustada atualmente para produzir cerca de 45 carros por hora, com capacidade máxima de 60 carros. A funilaria conta com a principal inovação da planta, uma estação com 18 robôs com capacidade para aplicar 100 pontos de solda em 60 segundos, congelando a “geometria” da carroceria em uma única etapa – normalmente a fixação das partes da carroceria é feita em várias estações.
De acordo com a Jeep, o movimento entre as estações pode comprometer a precisão da geometria, dando origem a futuros problemas, com encaixe imperfeito de componentes ou ruídos.
Na linha de montagem, a ergonomia é o destaque, com os veículos girando e poupando os trabalhadores de esforços físicos e movimentos que possam ser desconfortáveis. Na linha, a acoplagem do powertrain é feita automaticamente, com o motor vindo de uma linha de cima, enquanto a carroceria vem do nível do piso. Em um ponto, os dois são juntados automaticamente.
Outra inovação está na pintura, que adotou um processo que dispensa a camada de primer, que normalmente assegura a durabilidade da pintura. De acordo com a marca, o objetivo é reduzir o consumo de energia e diminuir as emissões na atmosfera.
Fonte: Terra