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Consumidor paga a conta, mas foi parar no Serasa

Depois de morar uma temporada na Alamanha, o analista de sistemas Otto Sporteman foi recebido de volta no Brasil com uma notícia nada agradável. Ao tentar contratar o serviço de TV por assinatura, Otto foi surpreendido no mês passado com o seu nome inscrito no SPC/Serasa. O analista descobriu que o banco pelo qual financiou seu antigo veículo era o responsável pelo entrave.

Segundo ele, durante o financiamento deixou de pagar por dois meses os boletos, mas antes de viajar para Europa quitou totalmente o financiamento e vendeu o carro.

"Quando atrasei as parcelas o banco entrou com protesto em cartório. Até ai tudo bem, só que nunca recebi notificação e quando botei em dia muito menos recebi a carta de anuência, que é o comprovante que a dívida está paga", afirma.

Otto tenta desde então resolver o problema com a instituição financeira e tirar o seu nome da restrição de crédito. A tentativa, até agora, não surtiu efeito. "Desde que descobri isso, tenho entrado em contato com o banco, já forneci todos documentos que eles pediram mas eles nunca resolvem. E cada vez que ligo repito todo histórico, falo tudo de novo e parece que o processo só reinicia. Estão me enrolando com a emissão da carta de anuência há mais de duas semanas já, só que meu nome está sujo indevidamente há anos", lamenta.

De acordo com Alexandre Krause Pera, sócio do Escritório Krause Pera Advogados, a instituição financeira recebeu o pagamento sem nenhuma objeção e aceitou a extinção da dívida. Por este motivo, não se justifica nem a cobrança das mensalidades já pagas e nem a inscrição ou manutenção do nome do consumidor no SPC/Serasa.

Pera orienta o consumidor a notificar a empresa para que retire o nome dos órgãos de restrição ao crédito. "Não resolvendo, o consumidor pode acionar a Justiça, a fim de que esta ordene o cancelamento da inscrição do nome do consumidor, assim como condene a instituição financeira ao pagamento de indenização pelos danos morais sofridos", destaca.

Sem resposta da empresa, Otto deve mesmo seguir o caminho do judiciário. "Já entrei contato com ouvidoria, mandei e-mail, liguei. Não resolveram. Agora vou entrar no Reclame Aqui e buscar um advogado para entrar com uma ação", aponta.

Fonte: Terra

Redação

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