Cidades

Cotidiano melancólico em Várzea Grande

Várzea Grande pede socorro. A segunda cidade mais populosa de Mato Grosso – só perdendo para Cuiabá – vem amargando ineficiência dos serviços públicos e infraestrutura mínima oferecida a seus cidadãos. Ruas esburacadas, saúde funcionando à base de determinações judiciais, dívidas que ultrapassam os 20 anos e saneamento básico entre os piores do Brasil transformaram um município com vocação e potencial de prosperidade num local cujo futuro é incerto.

Com investimento zero em 2012 na área de água e esgoto, Várzea Grande também apresenta outros índices que revelam uma realidade sombria para o saneamento básico, um dos fatores mais importantes para a saúde das pessoas. Dados do Ranking do Saneamento Instituto Trata Brasil, publicado em agosto de 2014, revelam que o município vizinho da capital está entre os melhores do país quando o assunto é novas ligações de água, apontando que faltam 8.125 conexões para universalizar o atendimento.

A coleta de esgoto, no entanto, esta longe de ser satisfatória. Apenas 20,9% das casas da cidade contam com o serviço.
Saúde e dívidas do município também colocam contra a parede a população de Várzea Grande. De acordo com o prefeito Walace Guimarães (PMDB), só em 2013 foram gastos 29,6% do orçamento na área. Em 2014, outros 22,1% – o que ultrapassa a orientação da Constituição Federal, que determina no máximo 15%. 

Em relação às dívidas, de acordo com o próprio prefeito, R$ 105 milhões em passivos previdenciários precisam ser quitados.
Walace admite que Várzea Grande precisa dar a “volta por cima”. Mesmo com tantos problemas, o chefe do Executivo municipal comentou sobre a possibilidade de reeleição daqui a dois anos: “Tenho dois anos pela frente e se a avaliação for positiva, vou disputar a reeleição. Quero resgatar esse desgaste”, disse. https://slixy.ch

Outro abacaxi que está sendo duro de descascar é a situação da malha viária. De acordo com o secretário de Comunicação Social de Várzea, Eduardo Ferreira, há projetos que dependem da liberação de verbas federais para recuperação das vias da cidade, afirmando que elas estão “velhas e desgastadas”: “São 700 km de malha destruída. Temos parcerias em andamento, mas esbarramos na burocracia para recuperar essas vias. Não conseguimos resolver esses problemas do dia para a noite”.

Leia a reportagem na íntegra

Diego Fredericci

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