Foto: Agência Senado
O senador por Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), voltou a falar sobre seu relacionamento com o Governo Federal e negou qualquer tipo de rompimento com a presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta segunda-feira (13), após almoço com a bancada federal de Mato Grosso e o governador Pedro Taques (PDT), o líder do PR amenizou a impressão de desarmonia com a petista.
De principal apoiador, nos últimos dias o ex-governador do estado vem sendo um dos principais críticos das medidas econômicas adotadas pela equipe de Dilma. Em entrevista no dia 05 de abril ao portal de noticias Estadão, o republicano chegou a declarar que o governo “é um paquiderme. Um elefante que não se mexe”.
Aos jornalistas mato-grossenses Maggi se mostrou bem mais ‘ameno’ em suas criticas. “Meu posicionamento no Congresso não tem nada a ver com o que foi noticiado de rompimento com o Governo. O que estou fazendo é pontuar dentro da base do Governo as coisas que eu, pessoalmente, não concordo e que a maioria da população brasileira não concorda. É uma questão de ponto de vista”, declarou o senador.
Na visão de Maggi, o Brasil vive em um momento delicado, com uma crise que atinge tanto a esfera política quanto a econômica e por isso o seu papel critico é importante para alertar o Governo Federal, na intensão de adotar medidas efetivas.
“Se não tivermos a paciência de tratamento dessas duas coisas, uma vai empurrando a outra. As coisas ainda vão piorar mais, antes de melhorar. Se essa tese está correta, nós devemos alertar o Governo para que ele não sufoque o pouco da economia que ainda está acontecendo”, continuou.
Além disso, Maggi relatou que empresas estão sendo sufocadas pelas medidas do governo, que desde outubro de 2014 buscam um superávit primário de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Tal medida da equipe econômica de Dilma, segundo o senador, tem deixado o crescimento brasileiro estagnado.
“O ministro [Joaquim] Levy recebeu a incumbência de fazer um superávit primário de 1,2% do PIB. Ele está fazendo isso, mas a custos muito elevados. Os pagamentos que deveriam ocorrer em outubro, novembro, só vão correr em maio. E é fato que as empresas não têm capital de giro para suportar isso. Então, as empresas estão, praticamente, em uma fase pré-falimentar e isso não é bom para a economia, porque você vai criando um suspense e uma situação de que todo mundo para e se resguarda para um momento mais difícil. E isso dá um breque muito mal para econômica. Por isso, faço essas pontuações”, explicou o líder republicano.
Como solução para a crise econômica vivida pelos empresários no país, Maggi destaca a necessidade do ajuste econômico.
“Não acredito que vamos sair dessa situação sem o ajuste econômico que está sendo feito. O que se discute é a forma como se faz. Uma coisa é você discutir o superávit daquilo que você tem para gastar pela frente e avisar, o duro é quando se faz daquilo que já foi gasto. Isso traz consequências graves, não só para empresas, mas para os municípios e prestadores de serviços”, finalizou o senador.