Foto: Andréa Lobo
Única opção para quem deseja passar momentos agradáveis com sua família conhecendo um pouco da fauna silvestre mato-grossense, o Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apresenta uma estrutura que deixa a desejar e alguns flagrantes encontrados pelo Circuito, que esteve no local na última terça-feira (7), podem ser indícios que o manejo dos animais é feito da maneira inadequada, levantando dúvidas sobre sua saúde e condições de sobrevivência.
Todo mês o Zoológico da UFMT recebe 6 mil visitantes que procuram apreciar os mais de 1.000 animais de uma das 160 espécies que residem no local. Lá, as pessoas encontram poucos bancos, banheiros e contatam a inexistência de comércio dentro de suas dependências, prejudicando o conforto das pessoas. O acúmulo de água no fosso que separa algumas espécies das ruas de visitação e a aparente insuficiência de espaço físico para alguns animais – como o porco-do-mato por exemplo – podem levar a acreditar que os bichos não se encontram nas melhores condições.
Zoológico depende de migalhas
O único zoológico de Mato Grosso, espaço que oferece oportunidade singular para desenvolvimento de atividades educacionais, pesquisa e lazer no Estado, não possui verbas próprias do Ministério da Educação – uma vez que é ele quem mantém as estruturas de ensino superior público federal, por meio da União –, e acaba dependendo de recursos que são diluídos para a UFMT.
A informação é da chefe de Serviço do Zoológico, a médica veterinária Sandra Helena Ramiro Corrêa. Ela destaca que o zoo existe no campus desde 1977 e foi crescendo com o passar dos anos, principalmente em virtude da parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que realizava apreensões de animais e os acondicionava na UFMT.
A realidade, porém, mudou. O zoológico vem buscando desde 2009 sua licença ambiental, já que viu crescer a população de animais silvestres ao longo dos anos sem o acompanhamento da modernização e expansão de sua estrutura física. Paradoxalmente, o Ibama proibiu a entrada e saída de novos animais – uma consequência que o próprio órgão criou, na opinião da especialista.