O projeto de sensibilização para o estudo astronômico ‘Planetário nas Escolas’, desenvolvido pelo Planetário Via Láctea (PVL), juntamente com o Sintep-Cuiabá, chega, nesta terça-feira (31), à escola Escola Estadual Salim Felício, no bairro Parque Cuiabá. A estratégia de popularização da astronomia junto aos jovens é importante, conforme explica o presidente do PVL, Carlos Wagner Ribeiro, pelo fato de que, cada vez mais os países desenvolvidos fortalecem a questão, que, urge, não pode mais ficar de fora dos bancos escolares, ainda que indiretamente com ações como esta.
Um exemplo disso é que, nesta terça-feira, coincidentemente, é o prazo final para a participação de estudantes de todo o Brasil nas Olimpíadas Brasileiras de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a Mostra Brasileira de Foguetes, eventos que ocorrem anualmente organizados pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Portanto, se o estado quiser se destacar nesse evento é preciso fomentar o instinto de conhecimento de alguma maneira, pois só as aulas de Ciências da grade, não bastam já que falam do assunto de forma muito sucinta. “Assim, quem se interessa em se aprofundar na astronomia, campo tão vasto quanto o próprio universo, tem que buscar conhecimento fora da escola, assim como eu fiz, e o País corre o risco de acabar tendo seus jovens talentos ‘exportados’ para outros países pela falta de incentivo por aqui”, lamenta Ribeiro.
O projeto em parceria com o Sintep, que abrange 24 escolas sendo que metade já recebeu a visita do PVL em 2014, termina em maio. Esta do Parque Cuiabá é a 18ª escola visitada desde então. No Planetário móvel os alunos assistem num cinema imersivo o processo de criação do universo e tudo que o cerca e tiram dúvidas sobre a questão. Com certeza, depois que passam por essa experiência já saem de lá olhando o céu de forma mais curiosa a procura de respostas.
Sala de aula no céu
Em abril quem já foi picado pela curiosidade sideral como estes alunos do projeto têm muito o que comemorar. No próximo dia 4 acontece o eclipse total da lua, que será visto por quase toda a América do Norte, América do Sul, leste da Ásia e Austrália. Já no dia 21 acontece uma chuva de Meteoros chamada de Lyrids, que produz normalmente cerca de 20 meteoros por hora em seu pico. Esses meteoros podem produzir trilhas de poeira brilhante que duram vários segundos. “Todos esses eventos celestes quando observados e estudados faz com que o ser humano tome consciência de que o planeta Terra é apenas uma ‘gota’ desse imenso mar austral que ainda não conhecemos direito. Mas devemos. Para isso, ‘navegar é preciso’”, analisa o diretor do PVL.
Assessoria PVL
