Garis da Grande São Paulo e do interior do estado entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (23). De acordo com a Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (Femaco), a paralisação atinge cerca de 30 mil trabalhadores, com salário médio entre R$ 800 a R$ 1200, em 130 cidades – dentre elas a região do ABC paulista, além de Osasco e Guarulhos.
A categoria pede aumento salarial de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo (Selur) oferece 7,68% de reajuste. A greve não afeta a capital paulista e Campinas, que têm data-base em setembro.
A Femaco afirma que as negociações começaram em janeiro deste ano. Na última sexta-feira (20), em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os trabalhadores não chegaram a um acordo com o sindicato patronal e foi decretada a greve.
Ainda segundo a Femaco, os trabalhadores buscam o valor de 11,73% e não pretendem respeitar a liminar que determina que os grevistas mantenham 70% da categoria trabalhando.
Ariovaldo Caodaglio, presidente do Selur, alega que as empresas não têm como chegar ao valor estipulado pelos trabalhadores. O sindicato começou oferecendo 6,5% de reajuste, e elevou o valor durante as negociações.
“Fizemos uma contra proposta de 7,68%, o máximo que a categoria pode oferecer. Por uma razão bastante clara: estamos vivendo um momento muito difícil, grande parte dos municípios está com o orçamento já tomando. Hoje nós temos outro problema que é a inadimplência. Grande parte de prefeituras estão com dificuldade de pagamento. Isso provoca problema de caixa”, alega o presidente.
Fonte: G1