Foto: Mary Juruna
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso não possui alvará de funcionamento, conforme informações do Corpo de Bombeiros. O local foi palco de uma explosão no sexta-feira (13), que resultou na morte de três prestadores de serviços par a instituição.
O tenente do Corpo de Bombeiros, Janisley Teodoro disse que a AL foi autuada no dia 27 de fevereiro por não possuir o documento. “O documento atesta que o local tem segurança mínima em caso de incêndios ou sinistros, os prejuízos possam ser menores, por uma série de medidas e legislações sobre a segurança do local”, explicou o bombeiro.
A partir da autuação, o órgão tem mais 30 dias para regularizar sua situação. Caso contrário a AL precisará firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para realizar as adequações. Contudo, em caso de insistir em não executar as recomendações, o prédio pode ser interditado.
Ainda conforme o tenente, a responsabilidade de cobrar um alvará é da instituição, e em casos de denúncias, o Corpo de Bombeiros pode intervir se achar que o prédio pode oferecer risco a população. “No caso da Assembleia, um projeto de alvará teve entrada em 1995, no entanto por algum motivo desconhecido não teve prosseguimento e acabou sem o documento que atesta, entre outras coisas a segurança do local”, finalizou.
Explosão
O acidente ocorreu na sexta-feira, quando três trabalhadores terceirizados faziam a instalação de um tapete e estavam utilizando um produto (Thinner) altamente inflamável. Segundo o Corpo de Bombeiros, provavelmente uma faísca deve ter impulsionado a explosão.
Luciano Henrique Perdiza, uma das quatro vítimas da explosão ocorrida em um dos gabinetes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, não resistiu aos ferimentos e faleceu no início da tarde desta segunda-feira (16). Ele estava internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Pronto Socorro de Cuiabá desde a noite de sexta-feira (13), com queimaduras de 2º e 3º grau em 85% do corpo.
No dia do incêndio, Luciano realizava serviços de aplicação de um carpete, ao lado dos colegas Jhonatan Bruno Paes e Wagner Nunes de Almeida, que faleceram no domingo (15), eles tiveram, respectivamente, 100% e 90% dos corpos queimados, além de terem inalado fumaça tóxica decorrente da explosão.
Um assessor parlamentar, que estava próximo do gabinete parlamentar onde ocorreu o acidente já havia sido liberado do Pronto Socorro no final de semana.