A morte do boxeador Braydon Smith, 23 anos, nesta segunda-feira, chocou pessoas ligadas ao esporte em toda a Austrália. Embora tenha deixado o embate contra o filipino John Moralde aparentemente bem, Smith passou mal no vestiário e foi levado ao hospital, onde foram verificadas lesões cerebrais no atleta, que morreu dois dias depois. Diante da situação, o presidente da associação médica de Queensland, Shaun Rudd, defende que o esporte seja banido em todo o país.
"Acreditamos que essa atividade, também chamada de esporte, na qual duas pessoas se atingem na cabeça o máximo que conseguirem para poder vencer, é um ato de barbárie", disse em entrevista à emissora ABC, da Austrália.
"Você não tem autorização para atingir os membros abaixo da cintura, mas é permitido acertar o órgão acima dos ombros, que é o mais importante em todo o corpo", explicou Rudd.
A tragédia se deu após uma luta de 10 rounds contra o filipino John Moralde pelo cinturão dos pesos penas do Conselho Mundial de Boxe (WBC), em Queensland. Derrotado, Smith ainda concedeu entrevistas e cumprimentou o rival antes de desmaiar e precisar ser levado ao hospital.
Apesar do incidente, o presidente da federação de Boxe de Queensland, Ann Tindall, saiu em defesa da reputação do esporte. "Foi um acidente trágico. Um acidente como você pode ter em um carro ou em outro esporte. Há ocorrências de mortes em muitos outros esportes", disse.
"Não achamos que estamos imunes (a problemas), mas da mesma forma não acreditamos que o boxe vá mesmo prejudicar novos atletas", concluiu Tindall.
Fonte: Terra