A greve dos garis do Rio entra no quarto dia nesta segunda-feira (16). Enquanto prefeitura e os trabalhadores não chegam a um acordo, a Justiça determinou que 75% da categoria garantam os serviços de limpeza, mas de acordo com a Comlurb, a decisão não está sendo cumprida. O sindicato da categoria nega.
“Setenta e cinco por cento dos trabalhadores estão fazendo realmente a limpeza. Se você comparar, essa greve agora com a greve do ano passado, não tem nem comparação. Em dois dias de greve, na outra greve isso aqui estava lotado de lixo”, afirmou o vice-presidente do sindicato, Antônio Carlos da Silva.
Para diminuir a sujeira nas ruas, a prefeitura deslocou para o serviço de coleta os fiscais que aplicam multas contra quem joga lixo no chão.
A equipe do Bom Dia Rio encontrou lixo acumulado em ruas da Zona Norte na tarde deste domingo. No Cachambi, a falta de coleta fez com que detritos se acumulassem nas calçadas. Um prédio na Rua Getúlio não teve a coleta habitual da Comlurb e os moradores optaram por deixar o lixo dentro do edifício.
Algumas vias do Centro da cidade tinham lixo acumulado e as lixeiras estavam cheias. Em outras ruas, havia poucos sinais de sujeira. Nos Arcos da Lapa, era possível encontrar lixo no chão. No fim da tarde, garis se reuniram em frente à sede da prefeitura, na Cidade Nova.
Os grevistas pedem um aumento de 47,7% no salário e um vale-refeição de R$ 27. A Comlurb propôs um reajuste de 3% e a manutenção do vale-refeição em R$ 20. Na sexta-feira, o Ministério Público do Trabalho propôs um aumento de 7%. A Comlurb aceitou, mas a oferta foi recusada pelo sindicato.
Fonte: G1