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Economia brasileira cresceu a uma taxa média anual de 3,7% entre 2000 e 2011

O crescimento econômico médio anual do Brasil entre 2000 e 2011 ficou em 3,7%, segundo revisão divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IBGE revisou as taxas de crescimento desde 2000 devido à adoção de uma nova metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

A taxa média calculada pela metodologia anterior era de 3,5%, ou seja, 0,2 ponto percentual abaixo da média calculada de acordo com a nova metodologia. As mudanças seguem as recomendações do Manual Internacional de Contas Nacionais (SNA 2008), da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial.

"Em 2011, nós iniciamos um processo de revisão do sistema de contas nacionais, baseado no novo manual. Todos os países iriam se empenhar na sua implementação para que os sistemas de contas nacionais do mundo pudesse ser comparável. Hoje finalmente damos início à divulgação da nova série de contas nacionais", disse a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar.
 
Com a revisão, a taxa de crescimento do PIB em 2011, por exemplo, passou de 2,7% para 3,9%. A de 2010 passou de 7,5% para 7,6%.

A nova metodologia de cálculo passou a considerar, por exemplo, novas classificações de produtos e serviços, dados do Censo Agropecuário de 2006, da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009, do Censo Demográfico de 2010 e a atualização da estrutura de impostos.

Os novos cálculos também provocaram uma mudança na participação das atividades econômicas no Produto Interno Bruto (PIB). A agropecuária, por exemplo, que em 2011 respondia por 5,5% do setor produtivo nacional, passou a representar 5,1%. A indústria também teve queda em sua participação em 2011, ao passar de 27,5% para 27,2% na nova série. Os serviços ganharam participação, ao passar de 67% para 67,7%.

Sob a ótica da demanda, os consumos das famílias e do governo passaram a representar 79% em 2011, segundo a nova série. Na série antiga, eles respondiam por 81%. Os investimentos, que em 2011 tinham 19,7% de participação, passaram para 21,8%. As exportações passaram de 11,9% para 11,5%, enquanto as importações caíram de 12,6% para 12,2%.

Participação da remuneração das famílias no PIB cresceu de 2010 a 2011

A participação da remuneração das famílias na composição do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu de 41,6% em 2010 para 42,2% em 2011. Em 2005, essa proporção era 38,9%. 

De acordo com o IBGE, houve também (no mesmo período) uma queda no rendimento misto bruto, isto é, a renda obtida por autônomos e empregadores. Se, em 2010, esses rendimentos respondiam por 8,5%, em 2011 eles passaram a representar 8,3%.

Segundo o pesquisador do IBGE, Cristiano Martins, esses dados mostram um aumento da oferta de trabalhos formais naquele período no país. “Ainda se observa a tendência em que formalização aumenta. As pessoas saem de empregos sem carteira assinada – ou da condição de autônomos – e passam para empregos com carteira”, disse.

Fonte: iG

Redação

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