Aclamada como a maior feira de mobilidade do mundo, a Mobile World Congress é, na verdade, um evento curto, de apenas quatro dias de duração. Especialmente se levarmos em conta que na edição de 2015 foram mais de 1.800 expositores espalhados pelos oito pavilhões da Fira Gran Via e que a feira fica aberta só dez horas por dia.
Logo, se visitar todos os estandes parece uma tarefa e tanto, imagina ir atrás dos 124 pins (pequenos broches de metal para colocar na roupa ou mochila) do Android que o Google distribuiu pelos estandes dos seus parceiros. Resultado? Para alguns, a corrida pelos acessórios se tornou tão ou mais importante que a busca por lançamentos de fabricantes de smartphones e novidades de operadoras de telefonia móvel.
Vistos pela primeira vez na CES 2015, evento realizado em janeiro, em Las Vegas, os pins se tornaram uma verdadeira febre na MWC 2015. Muito mais numerosos, eles eram encontrados em 33 estandes de parceiros do Google, um sempre diferente do outro. E, a cada dia, uma nova leva de pins, distinta da anterior, chegava aos expositores. Uma verdadeira loucura!
Quem foi a feira na quinta-feira (5), último dia de evento, se deu bem: os estandes ddas empresas estavam praticamente liquidando os pins do Android. Era só pedir que as promotoras entregavam um de cada tipo do seu estoque, sem restrições de quantidade. E até davam uns repetidos para ajudar na hora do escambo.
É óbvio que nesta corrida para ver quem conseguia completar a coleção, um fenômeno interessante surgiu: a trocas de pins. A lógica é a mesma dos álbuns de figurinhas: guardava-se os repetidos para poder barganhar por novos com os companheiros de vício. A qualquer hora do dia, os fãs de Android com grande número de pins se reuniam ao redor de um dos dois quiosques do Android para fazer as trocas.
Nesses quiosques, aliás, o Google distribuía pins e também pirulitos em homenagem a quinta versão do seu sistema operacional, o Android 5.0 condinome Lollipop, além de convidar os participantes a se divertir. Era possível, por exemplo, criar sua própria versão do boneco do Android e fazer um adesivo, ou ainda imprimir a imagem do seu próprio boneco em uma sacola, do tipo eco-bag.
A história dos pins colecionáveis do Android é tão séria que o Google criou um site para que os fãs marcassem os bonecos já encontrados, descobrissem seus nomes, e controlassem os pins que ainda faltavam para a coleção.
Android Pay em breve
Para além dos dois quiosques no formato de um boneco Android gigante, o Google aproveitou o evento para anunciar suas intenções em se transformar em uma espécie de operadora de telefonia, e confirmou o Android Pay. No entanto, de acordo com Sundar Pichai, vice-presidente da empresa, o Android Pay não será um produto para usuários finais, mas uma camada da API do sistema, uma plataforma para que qualquer fabricante possa desenvolver sua própria solução de pagamento móvel.
A princípio, o Android Pay será compatível com NFC, mas o executivo não descarta outras tecnologias como sensores biométricos, por exemplo. Além disso, o Google Wallet, serviço de pagamento móvel já existente, mas que não funciona no Brasil, permanecerá como uma opção em separado.
Fonte: iG