Embora haja um pouco mais da metade de deputados reeleitos na bancada, a Assembleia Legislativa garante que está em uma nova fase. A Casa de Leis passa por uma reforma administrativa, que garante o ‘enxugamento’ da máquina e cujo objetivo é gerar uma economia de até R$ 30 milhões.
O novo presidente da Mesa Diretora, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), iniciou os trabalhos de cortes de gastos logo nos primeiros dias de gestão. Segundo ele, a economia se baseia sobre o valor do duodécimo (repasse do Executivo) que, em 2015, será de R$ 424 milhões.
Para que isso seja possível, a Comissão Especial de Reforma Administrativa foi criada para atender as demandas da gestão. Presidida pelo deputado José Botelho (PSB), uma das primeiras sugestões atendidas pela Mesa Diretora foi a exoneração de mais de 800 funcionários da Casa, além de fiscalizar a execução de cada servidor do órgão. O grupo é composto também pelos parlamentares Emanuel Pinheiro (PR), Wilson Santos (PSDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e Leonardo Albuquerque (PDT).
Durante a primeira semana das sessões, após o recesso do Carnaval, o trabalho dos parlamentares ficou concentrado em outras atividades. Com a os debates entre o colégio de líderes, além da plenária, a Comissão não se reuniu no momento. No entanto, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), órgão de consultoria administrativa, já foi escalada para auxiliar no projeto de reestruturação do Legislativo.
Os integrantes da comissão salientam que ainda estão fazendo os trabalhos que não progrediram muito por causa da reunião de colégio de líderes, sessão. Técnicos da Casa já fizeram um pré-levantamento, um raios-X prévio, agora vai se marcar uma reunião com a Comissão. E um contrato de trabalho foi fechado com a Fundação Getúlio Vargas, para fazer os estudos necessários.
Na manhã da terça-feira 24, o deputado e ex-primeiro-secretário da Mesa Diretora, Mauro Savi (PR), entregou uma série de documentos referentes à gestão passada do Legislativo. Segundo Botelho, a Comissão ainda não teve acesso à papelada, mas as informações irão ajudar nos estudos de reestruturação da Casa.
“Ele entregou vários documentos, contratos, balanços, entre outros. Ainda não tivemos acesso aos documentos, porque ele entregou logo pela manhã, e tivemos de nos reunir com o colégio de líderes, teve a sessão, e não teve tempo”.
Um dos membros da Comissão, o deputado Wilson Santos, havia informado logo que assumiu o posto que a AL era a “maior fábrica de notas frias do país”: “Tive acesso a parte dos documentos e ainda sustento esta afirmativa. Mas o momento necessita de calma, pois estamos trabalhando para levantar mais documentos”.
Embora a semana esteja concentrada em outros afazeres, Santos garantiu que as conversas estão bem alinhadas. Ele reforçou os diálogos que a Comissão está tendo com a FGV e sobre o prazo de conclusão: “Nós ainda não tivemos reunião até agora. A primeira vai acontecer esta semana. Já estão bem adiantadas as conversas com a Fundação Getúlio Vargas, inclusive um dos técnicos está aqui em Cuiabá. Então, a FGV deve ser a nossa auxiliar técnica neste trabalho. A expectativa é que em 60 dias termine”.