Ulises Lalio
Na noite desta segunda-feira (23) uma técnica de enfermagem foi agredida enquanto trabalhava na UPA Morada do Ouro, em Cuiabá. O agressor Vilmar Rodrigues da Cruz queria que seu filho fosse atendido rapidamente e quando seu pedido foi negado perdeu o controle e socou a funcionária Tatiana Cristina.
Conforme as informações do Coronel Zilmar, que acompanhou o caso, os dois tiveram uma discussão por conta da demora no atendimento. “Depois que a briga começou o homem agrediu repentinamente a funcionária da UPA. Contudo logo foi segurado por pessoas que estavam no local e por dois de nossos policiais que estão trabalhando, para reforçar a segurança”, explicou o coronel.
Zilmar disse ainda que a segurança foi reforçada no local depois do fato, contudo admitiu que ainda não está 100%. “Nós estamos trabalhando em prol de melhorar a segurança desses hospitais. Já caiu muito os casos de agressões, mas ainda não é o ideal. Antes as UPA’s eram um ‘campo de guerra’”, finalizou. Vítima e agressor foram encaminhados para o Cisc Planalto para prestar depoimento e realizar exame de corpo de delito.
A Prefeitura de Cuiabá, por meio de sua assessoria de imprensa, repudiou a agressão e condenou qualquer tipo de violência contra os funcionários da UPA. Em nota, afirmou também que irá representar ação contra o agressor. “A determinação da Administração Municipal é de Tolerância Zero a qualquer desrespeito e agressão a servidores municipais no exercício das suas funções. Por esta razão o agressor imediatamente foi detido pelos policiais e encaminhado ao CISC Planalto, onde foi registrada queixa-crime contra si. A prefeitura, por meio da Secretaria de Ordem Pública e Procuradoria Geral do Município também representará contra o agressor Vilmar Rodrigues da Cruz na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher”.
Falta de segurança
O diretor do sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Arlindo César, condenou o ato do agressor e cobrou mais segurança no ambiente de trabalho público. “O enfermeiro está na ‘comissão de frente’ dos prontos socorros e das unidades de saúde. Não podemos ficar a mercê da falta de segurança e de estrutura”, disse Arlindo.
Conforme explicou, é necessário concurso para guardas municipais ou contrata seguranças especializados e cm treinamento adequado, para a função. “As vezes vemos um senhor de 70 e poucos anos sentado fazendo a segurança de uma unidade de saúde. Isso não pode ser indicação, precisa ter treinamento e capacidade para atuar no cargo”, reclamou o diretor do Sinpen.