Uma das primeiras cidades a adotar racionamento na região, Valinhos (SP) vai manter o esquema de corte no fornecimento d'água mesmo com as quatro represas da cidade transbordando. Segundo o presidente do Daev, Luiz Mayr Neto, ao menos até setembro, data prevista para o fim da obra da ETA 2, a cidade permanecerá com o abastecimento irregular.
"A quantidade de chuva tem sido insuficiente. Tanto o mês de janeiro, como o de fevereiro, choveu muito menos que a série histórica da Região Metropolitana de Campinas", afirmou o presidente do Departamento de Água e Esgoto de Valinhos (Daev). Mesmo que a cidade aumentasse a capacidade das represas, não teria estrutura para tratar todo o recurso.
Atualmente, Valinhos trata 27 milhões de litros de água por dia. Quando as obras terminarem na ETA 2, a capacidade chegará a 39 milhões. A crise hídrica incentivou a população a mudar hábitos e usar o recurso com parcimônia.
'Não pode gastar'
"Eu capto 200 litros de água em casa para lavar quintal, essas coisas. Não pode gastar ainda né, mesmo com esse tempo se ficar cinco dias sem chover baixa de novo", disse o aposentado Osório Sentalin.
No ano passado, o município de 116 mil habitantes reduziu o consumo em até 25% e, de acordo com a Prefeitura, o volume economizado poderia abastecer a cidade por 135 dias. Os moradores consomem 27 milhões de litros de água, segundo o Daev.
Campinas
Em Campinas, as chuvas desta semana fizeram o Rio Atibaia chegar a 38,2 m³ de água por segundo nesta terça-feira (17). Em geral, o consumo total da cidade tem picos de 4 m³ por segundo, portanto, a situação é considerada confortável. Na cidade, não houve racionamento planejado.
Fonte: G1