Muito do conhecimento popular sobre como manter a pele saudável e jovem por mais tempo é desatualizado ou simplesmente não é verdade. Por conta disso, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, selecionaram diversos mitos sobre a pele que circulam por aí e esclareceram, no site da universidade, quais são realmente verdadeiros. Veja a seguir quais são as evidências científicas mais recentes sobre o tema:
1. Pele jovem é uma questão de encontrar o creme certo
Atualmente, centenas de tratamentos prometem ajudar a pele a parecer mais jovem ou até mesmo retardar o processo de envelhecimento. Para redução de rugas, o tratamento tópico com a maior eficácia comprovada cientificamente é o ácido retinóico. Muitos produtos de venda livre nas farmácias contêm ácido retinóico, mas é difícil estabelecer se um é realmente melhor que outro. Mas a forma de manter as rugas afastadas é usar protetor solar e não fumar. Leia mais: Os ácidos que renovam a pele
2. Usar sabonete antibacteriano é o melhor jeito de manter a pele limpa
Pele normalmente contém bactérias e é impossível mantê-la totalmente livre desses micro-organismos. Hoje, inclusive, muitos especialistas em saúde temem que o uso de sabonete antibacteriano possa levar ao surgimento de bactérias mais resistentes aos antibióticos. O uso diário de sabonetes antibacterianos não é necessário. Os sabonetes comuns são mais do que suficientes para limpar a pele. Fazer uma lavagem das mãos completa e consistente é o que realmente ajuda a evitar a propagação de infecções, e não o uso do sabonete antibacteriano.
3. Chocolate ou alimentos gordurosos causam oleosidade na pele
O que causa a acne é o sebo – uma substância oleosa produzida e secretada pela pele. Hoje não existe na literatura científica nenhuma evidência consistente de que o consumo de qualquer alimento específico provoque acne. Aprenda: como tratar a oleosidade da pele
4. Se bronzear é ruim para a pele
Passar uma quantidade excessiva de tempo no sol ou em uma cabine de bronzeamento pode aumentar sim o risco de desenvolver câncer de pele, especialmente se não é usado protetor solar. O risco de câncer de pele está relacionado à exposição ao sol ao longo da vida e com a frequência de queimaduras solares na pele. Bronzeamento excessivo também pode danificar a pele, gerando rugas e envelhecimento precoce. Adquirir um bonzeado leve, por meio da exposição gradual e cuidadosa ao sol não é perigoso. Desde que se tome precauções como usar protetor solar de FPS mínimo de 30 – reaplicando-o quando necessário, e evitar a exposição solar nos horários de sol intenso – um bronzeado leve, sem nenhuma queimadura de sol, não é um sinal de alerta.
5. Pele bronzeada é sinal de saúde
Não há nenhuma evidência científica de que pessoas bronzeadas sejam mais saudáveis do que as com um tom de pele mais pálido. Entretanto, se expor ao sol regularmente no início da manhã ou no final da tarde pode trazer benefícios à saúde. Isso porque a luz solar ativa a vitamina D na pele, ajudando a manter os ossos fortes, e também a reduzir o risco de certos tipos de câncer – a vitamina D faz isso fortalecendo o sistema imune do corpo.
6. Quanto maior o fator de proteção solar, melhor
A verdade é que acima do FPS 30, um fator maior de proteção tem pouco benefício. Os especialistas geralmente recomendam usar protetor solar com FPS de pelo menos 30, que bloqueia 97% da radiação UVB. Pode valer a pena um FPS maior se você estiver planejando ficar exposto ao sol por mais de duas horas, especialmente durante os horários de pico (das 10h às 16h). Mas, na maioria das vezes, o custo extra de um FPS maior do que 30 pode não valer a pena.
7. Uma cicatriz pouco perceptível é a marca de um bom cirurgião
A verdadeira habilidade de um cirurgião é demonstrada pelo que ele faz entre o início e o fim da incisão (corte) na pele. É certo que os cirurgiões rotineiramente prestam mais atenção aos cortes na face (usando linhas de sutura mais finas e fazendo pontos mais próximos, ou evitando fazer suturas, se possível), mas o aparecimento de uma cicatriz na pele diz pouco sobre a habilidade do cirurgião que a suturou. Muitos tipos de pele têm como característica a formação de queloide – crescimento em excesso do tecido de cicatrização – e isso não tem nada a ver com a capacidade do cirurgião.
8. Vitamina E ajuda a cicatriz a desaparecer
Hoje existe pouca evidência científica para apoiar esta afirmação. O mais indicado é conversar com o médico ou o dermatologista se há preocupação com o aspecto de uma cicatriz. Há muitas opções para melhorar a aparência de cicatrizes, incluindo tratamentos a laser.
Fonte: iG