Foto: Ednei Rosa
A falta de tempo, principalmente, ou de preparo dos familiares em lidar com seus pais, tios, ou avós idosos, por exemplo, é um fator que preocupa e tira o sono e a qualidade de vida de muitos, cujo investimento costuma ser alto. E como vencer essas limitações tanto de quem cuida, no caso a família, como para quem necessita de cuidados e amor? É necessário a ajuda de cuidadores, principalmente que eles sejam especializados.
E quem é esse cuidador? “É aquele acompanhante e amigo, que irá desde passear, levar ao médico, dar banho, jogar baralhos, fazer leitura, a dar medicamentos e alimentação prescrita por um profissional médico ou nutricionista. Tudo com atenção, precaução, cautela, dedicação, carinho, encargo e responsabilidade”, explica a empresária da Home Angels, Elza Trevisan, a única empresa de cuidadores de pessoas feita no domicílio, em Cuiabá, da maior franquia da América Latina.
“Por que os filhos estão em sua idade ativa de trabalho ainda, ou moram longe, e os idosos estão ficando sozinhos e não tem com quem ficar. E vi a necessidade de ter algo com um padrão de atendimento, não só de executar o serviço, mas realmente ter amor por aquilo que está fazendo”, diz a empresária Elza Trevisan, diretora executiva da Home Angels, que está no mercado desde 2014.
Há cinco anos ela percebeu que a população idosa em Cuiabá vinha aumentando, pois como profissional de enfermagem, na época, amigos a procuravam para auxílio com seus familiares. Era o pai que tinha que fazer uma cirurgia e não tinha com quem ficar, por exemplo, de uma amiga juíza, onde ele morava com a filha, porém as audiências a impediam de realizar os cuidados.
“E o pai não ficava bem cuidado, pois a pessoa paga para cuidar não fazia o asseio e nem dava a alimentação direito”, lembra Elza, quanto ao fato que a fez pensar em criar uma empresa com pessoas especializadas e formadas.
Bem como ter a segurança de não haver maus tratos e seguir a lei devida aos cuidadores, que hoje estão somados aos 18 profissionais de sua equipe de trabalho. Uma oportunidade de dar qualidade de vida e proporcionar adequação a esta especialidade, normalmente realizada de forma irregular.
O mais interessante é que a família fica sabendo da rotina da pessoa assistida no final do dia, por um diário de rotina do cuidador com a pessoa cuidada.
O Ministério da Saúde orienta que cuidar é servir, é oferecer ao outro, em forma de serviço, o resultado de seus talentos, preparo e escolhas. Cuidar é também perceber a outra pessoa como ela é, e como se mostra, seus gestos e falas, sua dor e limitação.
Percebendo isso, o cuidador tem condições de prestar o cuidado de forma individualizada, a partir de suas ideias, conhecimentos e criatividade, levando em consideração as particularidades e necessidades da pessoa a ser cuidada.
Esta assistência deve ir além dos cuidados com o corpo físico, pois além do sofrimento decorrente de uma doença ou limitação, há que se levar em conta as questões emocionais, a história de vida, os sentimentos e emoções da pessoa a ser cuidada.