Cidades

Hospitais públicos sofrem com atrasos

Com a chegada da nova gestão no governo estadual, diversos projetos na área da saúde foram aprovados para serem finalizados em breve. Dentre as ações está a construção de dois hospitais na Capital (Hospital Central e Universitário), além da reforma de um dos andares do Pronto Socorro da cidade (PSM).

Boa parte destes projetos será destinada à área pediátrica, como a reforma do terceiro andar do PSM e o Hospital Central, que também irá dispor de leitos para maternidade. Mesmo que louváveis, estas ações entram em conflito com a realidade do Estado que atende uma demanda maior de mortes por outras especialidades.

Dados do Ministério da Saúde, levantados de 2000 a 2010, revelam que as causas de morte em todo o país revelam estas doenças, como cerebrovasculares, infarto, pneumonia, diabetes, entre outros. Números recentes também mostram que Mato Grosso é campeão em malária, perdendo apenas para o Estado do Pará.

O cirurgião pediátrico da rede pública de saúde, Dr. Osvaldo Mendes, disse que boa parte das doenças indicadas pelo ranking pode ser avaliada em unidades de atendimentos básicos, no entanto, há uma necessidade de acompanhamento dos pacientes. “Os pacientes recebem medicamento para evitar complicações futuras, mas há casos que necessitam de repouso hospitalar e acompanhamento. E não há leitos suficientes no Estado para abrigar a demanda de pacientes”.

Além disso, segundo Mendes, há casos que necessitam de atendimento imediato, como os traumas. O cirurgião comemorou a construção de mais leitos destinados à área em que é especializado, mas observou que Mato Grosso necessita de atenção em outras especialidades também.

“Há uma carência muito grande nas áreas de traumas, onde há fraturas, traumatismo craniano, entre outros, que há a necessidade de atendimento imediato. E não há leitos de retaguarda suficientes para atender estes pacientes, que ficam aglomerados nos corredores ou nas alas de urgência e emergência. E este é um dos motivos que os hospitais ficam sempre cheios”.

O comerciante Antônio Gomes foi um dos que sofreu com a falta de atendimento emergencial. Devido a um corte profundo na mão, que sofreu no momento em que fazia jardinagem em sua casa, foi encaminhado às pressas ao Pronto Socorro da Capital. Ainda que tenha feito alguns os cuidados preliminares, como fazer pressão no ferimento para evitar maior sangramento e lavagem com água e sabão, ele necessitava do atendimento rápido. Contudo, houve alguns momentos de espera.

“Cheguei com muita dor na minha mão, mas tinha muita gente na minha frente. Tive que esperar mais de uma hora na fila para que um enfermeiro pudesse ver minha mão. Levei uma infecção por conta da terra que entrou em contato com a ferida. Fizeram o curativo e me liberaram. No outro dia minha mão inchou muito e a dor começou novamente. Se não fosse um amigo médico vir me atender em casa, não sei o que seria da minha mão”, disse ele que teve melhora após a ingestão de alguns medicamentos e cuidados específicos na ferida. Ele ficou bom quase dois meses após o ocorrido.

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Noelisa Andreola

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