Parte da avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, foi interditada na manhã desta quarta-feira (11), por conta do desmoronamento de uma calçada localizada nas proximidades da Trincheira Santa Rosa na última quinta-feira (05). A interdição pela Defesa Civil de Cuiabá foi necessária para a segurança de pedestres e motoristas, já que com a forte chuva que caiu em toda a capital, na manhã desta quarta-feira (11), a cratera acabou aumentando.
Segundo as primeiras informações da Defesa Civil, a cratera se formou no asfalto por conta da construção irregular de uma empresa que cortou o terreno abaixo do muro de arrimo feito pela obra da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa).
Chuva em Cuiabá
Cuiabá e região amanheceram com forte chuva, contudo várias casas foram inundadas em diversos bairros da capital.
Somente pelo atendimento dos brigadistas da “operação Guarda- Chuva”, lançada no mês de outubro do ano passado pela Defesa Civil, foram registradas cinco ocorrências, totalizando 34 casas inundadas e o deslizamento de terra em parte da avenida Miguel Sutil.
Novamente a chuva se torna um transtorno aos moradores de Cuiabá. No caso da Miguel Sutil a situação piorou, o que antes era apenas uma parte da calçada cedida, no último dia 5, agora atingiu a avenida. O buraco tem mais de cinco metros de profundidade.
Conforme explica o técnico da Defesa Civil do município, Leicimar Vieira, a Secopa fez um muro de arrimo e o dono do terreno, que não é localizado desde a última sexta-feira (6) para ser notificado do problema que agora gerou o deslizamento de terra, fez uma obra abaixo desta, o que a tendência era desmoronar.
O proprietário será notificado, autuado e multado, pois não tinha projeto aprovado, bem como alvará do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) e da Prefeitura, com o Meio Ambiente, nem Licença Especial para fazer o corte para a retirada de terra.
Somente pela falta de documentação a multa pode chegar a R$ 1.700, além dos reparos de danos ao patrimônio público que o “acusado” terá que fazer.
Alagamentos
No bairro Ribeirão do Lipa, na rua Maria Palma, oito casas foram atingidas pela água que acumulou devido a uma interrupção do curso natural de um córrego próximo. A construção de uma quitinete sem manilhamento impediu a passagem da água e ocasionou o transtorno.
Mais 15 casas foram alagadas no bairro Cohab São Gonçalo, com o alagamento do Córrego do Machado, ainda cinco no bairro Getúlio Vargas.
No bairro Parque Atalaia foram seis residências atingidas pelo mesmo córrego, que corta diversas regiões de Cuiabá, onde um senhor de 74 anos teve praticamente todos os móveis perdidos, cuja residência estava com água a quase um metro de altura da parede.
“Se a pessoa não tiver educação para ajudar a Defesa Civil a fazer o trabalho em conjunto o problema nunca vai acabar. O que a gente vê de lixo não é brincadeira. Desde sofá, geladeira e fogão velho a muitas garrafas peti, latas de alumínio, faixas de plástico de propaganda em bares e muito mais, que entopem as bocas de lobos e córregos”, destaca Defesa Civil do município, Leicimar Vieira.
Recomendações
O engenheiro civil e coordenador da Defesa Civil, Oscar Amélito, diz que em caso de queda de paredes, ou rachaduras, bem como destelhamento da casa, ou queda de árvore sobre a residência e curto-circuito, é recomendado que a pessoa desligue o padrão de energia e saia de casa para um lugar seguro.
Se a casa estiver cheia de água deve-se ter cuidado com animais peçonhentos. Idosos, crianças e pessoas com problemas de locomoção devem ser colocados em lugar seguro e nunca salvar bens materiais.
A primeira coisa a se fazer é ligar no número 193, do Corpo de Bombeiros, ou também nos telefones da Defesa Civil (65) 3623-9633, (65) 9984-4299 e (65) 9307-4567, com brigadistas para atendimento 24 horas.