Com serviços paralisados, o Detran/MT – Departamento Nacional de Trânsito de Mato Grosso está com as duas guaritas fechadas por 24 horas, nesta terça-feira (10), em Cuiabá. Cerca de 100 servidores fazem protesto com faixas, carro de som e panfletagem como pedido de resposta do Governo do Estado quanto a realização do concurso público que prevê o preenchimento de 539 vagas efetivas para quatro cargos.
A mobilização acontece em todos os municípios de Mato Grosso.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-MT(Sinetran-MT), Daiane Renner, após o decreto de número 3 da atual gestão, quanto a suspensão de concursos públicos, até a análise da demanda e necessidade do processo seletivo, o Sindicato não teve qualquer resposta.
Uma vez que foram acordados dois prazos diferentes para diálogo com a categoria: um no dia 30 de janeiro e outro no dia 4 de fevereiro. Portanto, a classe decidiu pela mobilização, cuja necessidade imediata está quanto ao efetivo necessário para o atendimento do público, tanto no balcão, quanto na vistoria veicular e de trânsito, onde há escassez.
Conforme dados do Sinetran, houve em 2015 um aumento de 14% nos valores dos serviços do Detran/MT. O que significa que a população está 
pagando uma das taxas mais altas do Brasil, cujo atendimento deixa a desejar. Já que estão trabalhando com menos de 40% do efetivo mínimo necessário, previsto em lei. Ainda, em breve um terço da categoria estará apto a aposentar.
A reivindicação pelo concurso público já vem de longa data. Em 2013 os servidores do Detran deflagraram 25 dias de greve em 2013 e alguns indicativos em 2014, o que levou a conquista da autorização do concurso público, com edital que está pronto para publicação desde o mês de dezembro do ano passado.
Daiane diz que o edital foi elaborado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e já tem parecer de legalidade pela Auditoria Geral do Estado.
Em Mato Grosso somam 840 servidores efetivos e cerca de 400 são de Cuiabá e Várzea Grande, que respondem por uma frota de mais de 1,7 milhões de veículos em todo Estado.
“O sucateamento e a precariedade no número de servidores acontece em todo o Mato Grosso. Não tem mais como trabalhar em condições precárias, com tamanha sobrecarga de trabalho. A própria população está sendo penalizada”, completa a presidente do Sinetran-MT.
Caso o Governo não se posicione, os servidores começarão uma greve no dia 2 de março por tempo indeterminado.
