Cidades

Tarifa aumenta e usuários reclamam da precariedade do transporte

Os usuários do transporte coletivo de Cuiabá reclamam da falta de qualidade nos ônibus e da estrutura precária de muitos pontos e terminais de embarque e desembarque dos coletivos. A reclamação aumenta com o novo decreto de reajuste no valor da tarifa, que passará de R$ 2,80 para R$ 3,10. Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana, o aumento já estará em vigor a partir da zero hora de segunda-feira (26) e o reajuste também será cobrado nos micro-ônibus da capital.

“Eu moro no bairro Pedra 90, por exemplo. Já aconteceu de eu ter que ir até o Jardim Industriário e no meio do caminho ter, pelo menos, três ônibus quebrados”, reclamou o operador de máquinas Valtenir Sobrinho. Já o mestre de obras Jorge Alves pontua o fato de muitos coletivos não terem ar-condicionado. “Não tem ar-condicionado, os ônibus andam lotados, não têm assentos suficientes, e isso tudo deixa o povo revoltado”, desabafou.

As três empresas que realizam o transporte coletivo em Cuiabá têm uma frota total  de 383 ônibus e atendem, em média, 333 mil passageiros na cidade. Os dois principais terminais ficam na região do CPA e, assim como muitos pontos de ônibus, a estrutura é precária.

 “As vezes não tem cobertura, não tem nem sinalização de que aquele local é um ponto de ônibus”, disse a aposentada Vera Lúcia Neves. Os passageiros vão pagar R$ 0,30 a mais a partir de segunda, o que representa quase 11% no bolso. Porém, o secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Thiago França, explica que reajuste foi só de 5,4% ou seja R$ 0,16.

“Os técnicos da secretaria levaram em consideração o último reajuste, em março de 2014, cujo valor da tarifa era de R$ 2,95. E esse foi o cálculo levado em consideração. No mês de dezembro, quando publicamos o novo cálculo tarifário, ele apontava o valor de R$ 3,23. Mas, no final daquele mês, uma nova lei estadual trazendo a desoneração do ICMS, esse valor reduziu, de maneira significativa, para R$ 3,10”.

A proposta de aumento da tarifa dos coletivos já havia sido aprovada pelo Conselho Municipal de Transporte, na última sexta-feira (16). Em reunião, o conselho analisou planinhas de custos das empresas, montadas pela prefeitura e divulgadas em dezembro do ano passado. Os empresários alegaram que o reajuste da tarifa é necessário por levar em conta o número de veículos circulando, os valores das peças de reposição, como pneus e óleo diesel, e mão de obra.

Segundo a assessoria da Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager), o preço da passagem dos ônibus intermunicipais – que fazem o trajeto entre Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana – não deverá sofrer alteração.

O decreto assinado pelo prefeito, além do reajuste na tarifa, cria duas comissões. A primeira é  composta por representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana, Instituto de Planejamento e Desenvolvimento e da Procuradoria Geral do Município. Ela terá 180 dias de prazo para entregar um estudo de viabilidade técnica e jurídica para fazer uma nova licitação  mediante concorrência pública para melhoria o serviço de transportes coletivos na capital. A última concessão foi feita em 2004, cujo prazo de vencimento era em 2012, mas foi prorrogada até junho de 2019.

Segundo a assessoria da Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager), o preço da passagem dos ônibus intermunicipais – que fazem o trajeto entre Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana – não deverá sofrer alteração.

Fonte: G1

Redação

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