O menino Asafe William Costa de Ibrahim, de 9 anos, atingido por uma bala perdida no domingo (18) em Honório Gurgel, no Subúrbio do Rio, teve morte cerebral confirmada às 14h10 desta quarta-feira (21), pela Secretaria de Estado de Saúde. Asafe foi baleado quando estava com a mãe na área de lazer do Sesi e estava internado no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo a mãe, Asafe havia saído para beber água quando ouviram barulhos de tiro e começou uma correria no clube. “Quando vi, meu filho estava caído perto da portaria. Em um primeiro momento pensei que tivesse sido um tombo, mas no hospital disseram que era uma bala na cabeça”, contou a dona de casa Diná Costa de Paula Ibraim, 38 anos.
Segundo a mãe, os tiroteios são frequentes naquela região, que é cercada por comunidades como o Morro do Chapadão, Pedreira e Palmeirinha. “A gente que vive em comunidade vê vários confrontos. Espero que as autoridades investiguem para ver realmente o que aconteceu. Deve ter alguma câmera ali. Mas me indignou o fato de meu filho não receber nenhum socorro do Sesi. Não tinham ambulância, enfermeiro, ninguém para prestar socorro. Peguei meu filho, colocamos dentro do carro e levamos para o hospital”, afirmou a mãe.
Em nota, a assessoria de imprensa do Sesi informou que dois profissionais prestaram os primeiros socorros ao menino enquanto foi solicitado o atendimento de uma ambulância do Samu. "O protocolo de atendimento recomendado pelo médico da Samu foi seguido. Os pais da criança preferiram não esperar a chegada do socorro médico e levaram o menino para o hospital mais próximo. O Sesi já entrou em contato com a família e continua à disposição para qualquer necessidade".
Asafe ficou com a bala alojada na cabeça perto do olho direito. Apesar do ferimento, a criança ficou lúcida durante todo o trajeto do Sesi até o hospital. “Conversei com ele o tempo todo”, afirmou Diná na ocasião.
Segundo a polícia, o caso foi registrado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e um inquérito foi instaurado para apurar crime de lesão corporal. Os familiares da vítima e os funcionários do clube vão ser chamados para serem ouvidos ainda esta semana na unidade policial. Os agentes também estão à procura de câmeras de segurança instaladas no local para análise.
Fonte: G1