O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) deverá fiscalizar e apontar soluções para a retomada das obras da Copa do Mundo atrasadas e paradas na região metropolitana de Cuiabá. A ação é fruto de uma parceria firmada entre o conselho e a Casa Civil do governo estadual devido à incerteza quanto à qualidade das construções inacabadas, sobre as quais a antiga Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) – segundo o Crea – teria negado-se a repassar informações durante o governo anterior.
O acordo foi firmado na última sexta-feira (9), após a primeira visita do presidente do conselho, Jaurez Silveira Samaniego, ao novo secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques.
Fiscalização
De acordo com a parceria anunciada, o Crea agora receberá todos os relatórios de perícias realizadas nas obras para depois fazer uma análise das informações e averiguar a conformidade dos dados com a execução dos projetos atrasados e parados, interpelando até mesmo os peritos das obras, caso necessário.De acordo com o secretário extraordinário do gabinete de Projetos Estratégicos, Gustavo Oliveira, ao todo existem 22 obras atrasadas da Copa do Mundo que continuam em andamento ou paradas na região metropolitana de Cuiabá. Todas devem ser submetidas a auditoria.
Esta atividade não deve gerar mais custos ao estado, assegurou a Casa Civil, que pediu ao Crea que aponte eventuais falhas nas construções e sugira soluções a fim de terminá-las e para informar e tranquilizar a população a respeito das estruturas – que estão espalhadas pela área urbana da capital e de Várzea Grande, cidade da região metropolitana.
Por enquanto, segundo o Crea, não há como afirmar a qualidade das obras devido à falta de informações concretas repassadas pela Secopa, antiga responsável por todos os projetos. No caso das trincheiras, por exemplo, o Crea alega que ainda precisa de informações a que não teve acesso para averiguar a causa das infiltrações que afetam quase a totalidade das obras desse tipo realizadas pela Secopa na Grande Cuiabá.
G1