As notícias sobre o estado de saúde do ex-piloto Michael Schumacher costumam ser raras vindas da família, de forma oficial, mas a imprensa tenta apurar de outras maneiras como o alemão tem se recuperado do grave acidente de esqui que sofreu há um ano, na França. Segundo informações da revista italiana Autosprint, colhidas com pessoas próximas ao ex-piloto, Schumacher fica boa parte do tempo numa cadeira de rodas em casa, em Gland, na Suíça, e chora ao ouvir as vozes dos filhos Mick e Gina Marie e da esposa Corinna, mas sem qualquer movimento.
Após quatro meses do seu retorno para casa, tendo ficado boa parte do ano passado em hospitais, em coma, depois do acidente na estação de esqui de Méribel, nos Alpes Franceses, Schumacher passa por sessões de fisioterapia para que os músculos não fiquem atrofiados. De acordo com a revista, quando não está na fisioterapia, ele fica em frente às janelas da casa, com vista para os picos nevados dos Alpes Suíços e também para as margens do Lago Genebra, mas com o “olhar muitas vezes perdido no vazio”.
A Autosprint ainda afirma que o ex-piloto alemão na fala e não pode se comunicar, com os músculos da face praticamente imóveis, com reações apenas a estímulos externos. Segundo fontes da publicação italiana, as atividades cerebrais de Schumacher parecem não terem sido afetadas.
– Michael chora quando ouve a voz das crianças ou de Corinna. Ele mostra que sente emoções e que o seu cérebro funciona. Sua única maneira de externar emoção e mostrar que está vivo, mesmo prisioneiro de um corpo agora imobilizado – afirma a revista.
Jean Todt, que foi chefe da equipe Ferrari quando o alemão corria na escuderia italiana, e que hoje é presidente da Federação Internacional de Automobilismo, demonstra confiança na recuperação do amigo, que costuma visitar constantemente. Já os médicos tratam a recuperação do heptacampeão de Fórmula 1 com cautela, e preveem anos de tratamento. “Muitas vezes o paciente vai ter que começar a aprender tudo de novo, pacientemente, como uma criança: falar, mover-se, lembrar-se”, diz a revista.
Fonte: G1